Nos últimos dias de 2017, Usain Bolt andou entretido na boa vida de regresso ao seu país, colocando fotografias nas suas páginas das redes sociais do “Inverno na Jamaica” (que é como quem diz sol, calor e festa a toda a hora). Antes, entre eventos publicitários, tinha treinado em equipas de críquete e marcado presença no Grande Prémio de Fórmula 1 nos Estados Unidos para acelerar com o amigo Lewis Hamilton. Mas, afinal, o que iria fazer o homem mais rápido do mundo após a retirada nos últimos Mundiais? A resposta veio este ano.

Dez anos depois, o que vai fazer Bolt? Futebolista, comentador, empresário, DJ ou treinador?

Vamos recuperar o que tínhamos escrito em agosto, após o Campeonato do Mundo onde ficou com o bronze nos 100 metros, falhando as medalhas nos 4x100m. Ia arriscar uma carreira de futebol? Ia ser comentador de atletismo? Ia ser empresário na área da restauração? Ia dedicar-se à filantropia? Ia ser modelo da Puma? Ia tornar-se treinador de velocistas? Ia mudar-se para o críquete? Ia apostar nas novas tecnologias? Ia afirmar-se como DJ internacional? Ia regressar ao atletismo? Das dez hipóteses que se perspetivavam e estavam em aberto, todas continuam a fazer sentido mas, para já, há uma acima de todas as outras… e não está nesta lista.

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“Não sou o melhor jogador de poker do mundo, mas estou a treinar, ando por casa de amigos. Nunca cheguei a jogar com dinheiro a sério, usávamos apenas aquelas fichas normais e coisas desse género. Como nunca joguei com os valores altos com que estes indivíduos jogam nas principais ligas é um bocado assustador… É bom fazer experiências porque as pessoas dizem sempre para nos resumirmos ao que sabemos fazer mas assim nunca nos podemos testar nem aprender coisas novas. Os meus amigos sempre jogaram e, quando fui abordado pelo PokerStars, pensei ‘porque não?'”, afirmou após um torneio nas Bahamas (onde foi apresentado como embaixador da marca com o ator e comediante Kevin Hart), citado pelo Mirror.

No entanto, a grande ambição de Usain Bolt continua a ser o futebol, algo que conheceu agora um novo capítulo: o próprio jamaicano assumiu que irá cumprir um período de testes no Borussia Dortmund em março.

“Irei lá à experiência e a partir daí verei o que farei com a minha carreira, que caminho toma. Se eles disserem que sou bom e que preciso de um pouco de treino, vou fazê-lo. Mas deixa-me nervoso, algo que nunca me acontece – é diferente, isto é futebol. Vou precisar de tempo para adaptar-me mas jogando umas vezes acabarei por habituar-me”, comentou Bolt, que beneficiou da Puma como ponte para a experiência, ao Sunday Express.

Um dos meus grandes sonhos continua a ser assinar pelo Manchester United. Se o Dortmund disser que sou suficientemente bom, irei treinar ainda mais forte. Falei com Alex Ferguson e disse-lhe que tem de meter uma palavrinha por mim. Ele respondeu-me que se estiver preparado e em forma, verá o que consegue fazer”, destacou o velocista de 31 anos.