Apenas dois anos depois de ter começado a fotografar, Eric Lafforgue abriu as portas a um dos países mais isolados e misteriosos do mundo: a Coreia do Norte. Entre 2008 e 2012, o fotógrafo francês e embaixador da Sony visitou o país de Kim Jong-un seis vezes: “às horas das refeições, os meus guias deixavam-me falar com os locais. Contavam-me muita coisa sobre como vivem e com o que sonham”, contou ao Bored Panda. Aquilo que não contavam, Eric fotografava e publicava mais tarde quando saía do país. Quando a Coreia do Norte descobriu, expulsou-o do país para sempre.

Eric Lafforgue recorda os norte-coreanos como “pessoas calorosas, muito curiosas quanto aos visitantes e muito generosas, embora muitas não tenham quase nada”. Desde a primeira vez que chegou à Coreia do Norte que o fotógrafo tinha em mente ignorar tudo o que fossem visitas organizadas cuidadosamente para os turistas do ocidente: “Eles não me permitiram tirar fotografias à polícia, ao exército e assim. Mas com uma lente de 300 milímetros e um banco na parte de trás do autocarro consegui tirar umas quantas”.

Quando tirava fotografias que sabia serem proibidas no país, Eric Lafforgue guardava-as num cartão de memória digital que levou à socapa das autoridades no aeroporto. Mesmo quando os militares o descobriam, fingia que apagava as imagens na câmara fotográfica, mas mantinha uma cópia nesses cartões de memória.

Em 2012, a técnica deixou de funcionar: o regime de Kim Jong-un descobriu que havia fotografias ilegais da Coreia do Norte a circularem na Internet e exigiu que Eric Lafforgue tirasse as imagens de circulação: “Eu recusei porque as imagens mostram todos os aspetos da Coreia do Norte. O bom e o mau. Assim como faço com qualquer país que visite. Recusei-me a fazer uma exceção à Coreia do Norte e eles não gostaram disso”.

Veja algumas dessas imagens na fotogaleria.

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