A autópsia realizada ao corpo de Diana Quer confirma a última versão apresentada às autoridades espanholas por El Chicle, autor confesso do homicídio: a jovem de 18 anos foi estrangulada, diz a Cadena Ser esta quinta-feira. Por esclarecer continua a forma como essa morte ocorreu, isto é, se José Enrique Abuín usou as próprias mãos ou se terá recorrido a uma braçadeira como as que usou para prender as mãos de Quer. Também ainda não é certo se houve ou não violação sexual.

Era um dos dados pelos quais a família de Quer, as autoridades espanholas e a própria defesa de El Chicle esperavam. A autópsia acabou por contrariar a primeira versão apresentada pelo autor confesso do homicídio — ligado a outro caso de tentativa de rapto –, que inicialmente alegava ter-se tratado de uma morte acidental por atropelamento, na noite de 21 para 22 de agosto de 2016. Não foi. Diana Quer, cujo corpo foi descoberto pela polícia da Corunha na última noite de 2017, sob orientação do próprio Abuín, morreu por asfixia provocada por estrangulamento.

As 5 perguntas a que a autópsia de Diana Quer vai responder

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A questão que se mantém em aberto — houve ou não violação? — pode ditar uma reviravolta no caso. O advogado de Abuín já deixou claro que, havendo confirmação clínica de abuso sexual, deixará de representar El Chicle em ambos os casos em que está a contas com a Justiça.

A confirmação do estrangulamento surge no dia em que se realiza o funeral da jovem, em Madrid. Em comunicado, os pais e a irmã de Quer já pediram tranquilidade e respeito pelo momento que a família está a passar, agradecendo o apoio público que têm recebido.

José Enrique Abuín está preso preventivamente na prisão de A Lama, em Pontevedra. A decisão de transferir o autor confesso do crime, explica o El País, deve-se à presença de outros reclusos em Teixeiro que conhecem Abuín pelo envolvimento em crimes de tráfico de droga e que poderiam querer fazer algum ajuste de contas e, também, pelos outros presos que quisessem vingar a própria jovem.

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