A Fundação “O Século” emitiu esta quinta-feira um comunicado relativo à reportagem da visão intitulada “Assalto ao Século”. A Fundação escreve que foi “desagradavelmente surpreendida” e refuta as informações publicadas pela Visão.

A instituição começa por criticar, num comunicado enviado para as redações pelo gabinete de comunicação, que a newsmagazine tenha utilizado informação que, segundo o texto do comunicado, consta de denúncias anónimas e faz referência também ao facto de a investigação do Ministério Público se basear nas mesmas denúncias.

Relativamente ao abastecimento das viaturas da Fundação, os responsáveis da instituição asseguram que o registo das mesmas foi regulado no ano passado e que a responsável que permitiu a ocorrência de irregularidades foi, na altura, despedida pelo então administrador Emanuel Martins. O comunicado reforça mesmo que “não há registo de qualquer abastecimento indevido, muito menos relativo a familiares de qualquer membro do Conselho de Administração”.

No comunicado, lê-se que, com o objetivo “de ajudarem a fundação”, algumas pessoas fizeram as festas dos seus filhos nas tendas que apoiam os Encontros de Literatura Infantil da Lusofonia. Como terá sido o caso da ex-funcionária Cláudia Martins (filha de Emanuel Martins, o presidente da Fundação), cujo serviço foi pago, conforme fatura e talão de liquidação juntos. Refere ainda que foi uma medida anunciada no site da Fundação e através do passa palavra.

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Nos últimos 12 anos, o serviço de manutenção da Fundação tem sido mantido por uma empresa em outsourcing e, ao longo dos anos, explica o comunicado, “é provável” que alguns dos colaboradores tenham requerido os serviços da mesma, mas, garante, “em caso nenhum com a participação da Fundação “O Século”.

O comunicado explica que a Fundação realiza alguns jantares, de grupos e empresas, para obter mais receitas, sob preço previamente estabelecido e sem qualquer identificação individual prévia, mas que nunca houve “qualquer benefício ou vantagem” de Emanuel Martins e da família.

No que diz respeito aos almoços do Conselho de Administração, a Fundação garante que há 20 anos se realizam na mesma mesa, “com a louça existente e igual serviço”, reforçando que não existe ou existiu, nunca, “vinho reserva” — “qual “vichyssoise”, “o vinho de reserva” nunca foi servido, pelo que a alegação é falsa.”

Quanto à escolha dos membros do Conselho de Administração, lê-se que o presidente “procurará escolher os mais capazes” e que foi assim que aconteceu “também desta vez”, referindo que “todas as efabulações jornalísticas… são isso mesmo, descabidas de adesão à realidade”. Pela primeira vez foram aceites três novos membros, “todos trabalhadores da Fundação”, e, “como veio a saber-se, nem todos são do Benfica, como vinha acontecendo”, lê-se no comunicado.