O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, vai anunciar na próxima semana quais as barragens, “sobretudo a sul”, que serão dragadas para aumentar a sua capacidade de armazenamento de água.

Na próxima semana vamos concretizar aquelas que são as medidas já identificadas [para combater a seca] e que já referi: quais são as barragens onde vamos fazer as dragagens, sobretudo no sul do país, porque têm fundos arenosos enquanto que no norte são de fundos de granito”, disse Matos Fernandes aos jornalistas, no Porto.

Falando à margem da cerimónia de entrega dos Green Project Awards, no edifício da Alfândega do Porto, o ministro referiu que estas dragagens a efetuar em “pelo menos dez barragens” ficará concluída até junho. O objetivo, disse, “é aumentar a capacidade de reserva” dessas mesmas barragens para que, no próximo verão, o país esteja “em melhores condições para combater a seca”.

Matos Fernandes destacou ainda outras medidas de combate à seca como a “promoção da ligação entre barragens” e o “alteamento de reserva” de algumas albufeiras. Segundo o ministro, contudo, “com mais ou menos chuva”, há a necessidade de todos serem rigorosos na utilização da água.

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“O grande segredo é poupar água”, frisou, apelando aos empresários para que tentem que os seus “processos industriais sejam mais eficientes” e aos detentores de explorações agrícolas para que “encontrem formas de produzir e reduzir o consumo de água”.

O ministro reafirmou que o problema da seca no país “não está ultrapassado”, encontrando-se “quase ultrapassado a norte do Tejo”, mas não a sul, onde “persiste”.

Para que no próximo verão não se repitam os problemas registados no setor agrícola devido à seca, o ministro reafirmou que a ideia é utilizar “a grande capacidade do Alqueva para fazer atempadamente transferências de água para albufeiras mais pequenas”.

Na terça-feira, em Lisboa, Matos Fernandes já tinha referido que até uma dezena de barragens, principalmente no sul do país, serão dragadas para aumentar a sua capacidade de armazenar água.

Questionado acerca do investimento necessário para efetuar as dragagens, João Matos Fernandes referiu na ocasião que “não é muito expressivo”, sobretudo se for dado um bom destino às areias que vierem a ser dragadas.