A ideia de um segundo referendo ao Brexit tem ganho força, sobretudo depois de o ex-líder do partido independentista Nigel Farage ter admitido essa hipótese. Mas o líder dos trabalhistas, Jeremy Corbyn, deixa claro que não irá defender uma nova votação sobre a saída da União Europeia.

“Não estamos a apoiar nem a pedir um segundo referendo. A nossa posição é a de pedir um voto no parlamento, um voto que tenha significado”, afirmou Jeremy Corbyn neste domingo, à televisão ITV, citado pela Reuters.

A posição do líder do maior partido da oposição contrasta com o que disse um dos principais rostos da saída da UE, Nigel Farage: o ex-líder do partido UKIP está, cada vez mais, a ver com bons olhos a ideia de um possível segundo referendo no Reino Unido.

Seria uma forma de, “uma vez por todas”, calar as vozes que se continuam a opor ao Brexit apesar do resultado do referendo de 2016 — e o Leave ganharia com ainda mais do que os 52% com que venceu o referendo, garante Farage.

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“Todos esses [Nick] Cleggs, esses [Tony] Blairs” deixariam de criticar quem quer levar a saída da UE em diante, admitiu Farage, ex-líder do Partido da Independência do Reino Unido (UKIP), numa entrevista ao Channel 5.

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Nigel Farage voltou a falar sobre a possibilidade de um segundo referendo, poucas horas depois, dizendo que este é um cenário para o qual “temos de estar preparados”.

Com os conservadores liderados por Theresa May empenhados na negociação do Brexit sobre a saída da União Europeia, e com o maior partido da oposição — liderado por Jeremy Corbyn — a recusar-se a defender a hipótese de um segundo referendo, o único grande partido a defender uma nova consulta popular é o partido dos Liberais Democratas.

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