O espanhol Carlos Sainz (Peugeot), líder da classificação de automóveis no rali todo-o-terreno Dakar2018, foi penalizado em 10 minutos por “comportamento potencialmente perigoso” na sétima etapa, disputada no sábado.

A decisão, do colégio de comissários da prova, foi conhecida esta segunda-feira, no seguimento da queixa do holandês Kees Koolen, que compete em quad: segundo ele, Sainz embateu na sua viatura e não parou para verificar o que sucedeu. O incidente aconteceu “aproximadamente” no quilómetro 184 da especial entre La Paz e Uyuni, na Bolívia.

“É uma decisão injusta, não estou contente”, disse Sainz. “Para mim, evitei um acidente. Não lhe toquei, a minha viatura não teve qualquer dano”.

Bruno Firmin, diretor da Peugeot, vai no mesmo sentido: “Estamos convencidos de que Carlos não tocou no quad, porque rolava a 152 km/h e não haveria discussão sobre o estado do quad e da viatura. E se não tocou no quad, não vejo porque teria de parar.”

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“Se teve um mau comportamento, o colégio de comissários deveria penalizar Carlos com uma multa e não no plano desportivo, é ilógico”, prosseguiu, antes de referir que se trata do mesmo quad que provocou o acidente de Stéphane Peterhansel.

O castigo encurta um pouco o avanço de Sainz na prova, mas ainda assim fica com 56.37 minutos sobre o catari Nasser Al-Attiyah (Toyota).

Bruno Famin disse por outro lado que a Peugeot vai recorrer da decisão para a federação francesa do desporto automóvel.

O Dakar esteve parado segunda-feira, em Salta, Argentina, depois do cancelamento da nona etapa, por risco de trovoada. A prova retoma na terça-feira, com uma especial de 373 quilómetros, até Belen.