Durante as horas que durou o incêndio de Pedrógão Grande, os registos obrigatórios do incêndio do INEM foram feitos à mão e sete meses depois continuam fora do sistema informático. O INEM não revela detalhes sobre as horas a que ativou cada meio, admite não saber com exatidão a que horas alguns meios chegaram às vítimas e diz que estes documentos estão em “segredo de justiça”, avança a edição desta sexta-feira do jornal Público.

Confrontado pelo mesmo jornal, o INEM diz que Pedrógão Grande foi uma “situação particular” devido à “intensa atividade operacional” e que por isso “os registos foram sendo feitos manualmente” com os operacionais a escolherem a forma que “consuma menos tempo possível”.

O Público sabe, contudo, que até às 22h foram acionados dez meios próprios (que incluem dois helicópteros), várias ambulâncias dos corpos de bombeiros e da Cruz Vermelha, e mais sete meios de emergência. Mas a informação cedida pelo INEM não contempla nenhuma das horas a que estes meios saíram. A instituição explica-se com as dificuldades nas comunicações, que acabaram por “condicionar negativamente” a ação. As ordens dos enfermeiros e dos médicos pediram esclarecimentos sobre o INEM.

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