O chefe de Estado cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, lamentou esta sexta-feira o cancelamento da tradicional deposição de uma coroa de flores no memorial Amílcar Cabral, ato a que deveria presidir na manhã de sábado.

“Não é bom. Lamento esse facto. É uma cerimónia organizada pelo Protocolo do Estado e como Presidente da República sou convidado a presidir. Recebi ontem (quinta-feira) ou anteontem (quarta-feira) uma informação de que não seria possível porque havia obras em curso. Achei estranho e ainda perguntei se havia alguma alternativa, mas comunicaram-me que não”, disse Jorge Carlos Fonseca.

O Presidente da República falava aos jornalistas ao final da tarde de sexta-feira à margem de uma “Conversa Aberta sobre os Heróis Nacionais”, organizada pela Presidência da República.

A tradicional deposição de uma coroa de flores no memorial Amílcar Cabral, para assinalar o dia da sua morte, a 20 de janeiro de 1973, em Conacri, foi cancelada devido a obras, revelou a Associação dos Combatentes da Liberdade da Pátria (ACOLP), mostrando desagrado com a situação e lamentando a falta de programação para a conclusão dos trabalhos.

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Cabo Verde assinala sábado, data em que o líder da independência cabo-verdiana foi assassinado, o Dia dos Heróis Nacionais, estando previstas várias atividades, que arrancariam pelas 8h00 da manhã com a deposição, pelo chefe de Estado cabo-verdiano, de uma coroa de flores no memorial que homenageia Amílcar Cabral, na cidade da Praia.

Jorge Carlos Fonseca adiantou que irá estar presente numa cerimónia a realizar pela ACOLP para assinalar o dia.

A deposição da coroa de flores era uma das atividades previstas no programa da “IV Semana da República”, organizada pela Presidência de Cabo Verde, entre 13 e 20 de janeiro.

Cabo Verde assinala este ano a passagem dos 45 anos da morte de Amílcar Cabral.