Olivia Lua, também conhecida por Olivia Voltaire, tinha 23 anos. Foi encontrada morta na passada sexta-feira no centro de reabilitação onde estava, no estado norte-americano da Califórnia. “Soubemos hoje que Olivia Lua morreu esta manhã — que descanse em paz”, disse em comunicado a agência LA Direct Models, com quem Lua assinou contrato em abril de 2017. A atriz acabou por não fazer muitos trabalhos devido a “desafios pessoais que a levaram para um centro de reabilitação”.

Olivia Lua é a quinta atriz pornográfica e a segunda da agência LA Direct Models a morrer, nos últimos três meses. “Nós aqui na agência, obviamente, mal podemos acreditar que estamos a emitir um comunicado como este, não uma vez, mas duas vezes, em tão curto espaço de tempo”, disse ainda a Direct Models. Olivia Nova também trabalhou para a Direct Models. Foi encontrada morta no dia 7 de janeiro, em Las Vegas, depois de ter contraído uma “infeção urinária severa que se espalhou para o rim“, de acordo com o jornal Metro. Tinha 20 anos.

No mês anterior, em Dezembro, August Ames, de 23 anos, enforcou-se depois de ter sido chamada homofóbica por se ter recusado a ter relações sexuais com homens que fizeram pornografia homossexual, segundo a Fox News. “Têm o sangue dela nas mãos”, disse o marido ao Mirror. Yuri Luv, de 31 anos, morreu de overdose no mesmo mês. Shyla Stylez, outra atriz pornográfica de 35 anos, morreu durante o sono no dia 9 de novembro, na sua casa em British Columbia, no Canadá, de onde era natural.

Para Derek Hay, da agência LA Direct Models, em declarações ao The Daily Mail, as cinco mortes foram uma “coincidência”. Mas outros artistas do meio consideram que estas mortes podiam ter sido evitadas com mais segurança para prevenir ataques online e situações de stress, consumo de drogas e depressão associada à área. Um deles foi Ginger Banks, também atriz pornográfica que revelou ao Hollywood Life que sofreu de depressão “por causa da maneira” como as pessoas viam o seu trabalho e por causa do que fazia “para ganhar a vida“. “A forma como a sociedade olha e trata as atrizes pornográficas torna-nos mais deprimidas. É difícil sentir que não pertencemos ou que somos cidadãos de segunda classe”, disse ainda.

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