Centenas de milhares de mulheres em todo o mundo, em especial nos EUA, saíram à rua este domingo, 21 de janeiro, para mais uma grande Marcha das Mulheres, um ano depois do protesto massivo contra a tomada de posse do presidente norte-americano Donald Trump. Um ano depois, mulheres de várias cidades da Europa e EUA participaram em manifestações pela igualdade de género, e para verem a marcha transformar-se num movimento para favorecer a chegada de mais mulheres ao poder.

De acordo com a imprensa norte-americana, as autoridades estimam que participaram cerca de 300 mil pessoas na marcha em Los Angeles, e cerca de 100 mil em Nova Iorque. Outras cidades como Las Vegas, ou capitais europeias como Paris, Londres e Berlim, também se pintaram de cartazes cor de rosa. Depois de a primeira grande marcha, de janeiro de 2017, ter ficado marcada pelo protesto anti-Trump, a deste ano voltou a ter uma componente muito política.

Em Los Angeles, sobretudo, a marcha ficou marcada por discursos de celebridades como as atrizes Viola David, Lupita Nyong, Natalie Portman, Eva Longoria ou Scarlet Johansson. No Twitter, à data em que a manifestação decorria, o presidente norte-americano lembrava que os EUA tinham atualmente o “mais baixo desemprego feminino dos últimos 18 anos”. “Está uma belíssima temperatura em todo o país, um dia perfeito para todas as Mulheres Marcharem. Saiam para a rua e celebrem o história e sem precedentes sucesso económico e criação de riqueza que temos registado nos últimos 12 meses”, escreveu Trump, com ironia.

A Marcha das Mulheres volta a surgir numa altura onde proliferam as notícias sobre política e género, e sobre o movimento #MeToo contra o assédio sexual, gerado pela divulgação de múltiplos escândalos que envolvem homens poderosos de Hollywood e dos media norte-americanos.

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