Para facilitar o funcionamento da sua fábrica de Fremont, a Tesla decidiu arrancar a produção do seu Model 3 com o mínimo de opções possível, propondo exclusivamente versões com mais capacidade de bateria (75 kWh por mais 9.000$), em vez das mais simples e baratas (60 kWh), propostas por 35.000$, e o Premium Upgrades Package que, por 5.000$, garantia “materiais premium” e mais equipamento. O que, a avaliar pelas fotos entretanto divulgadas, parecia consistir no revestimento de algumas zonas do habitáculo com Alcantara, uma espécie de camurça sintética, durável e agradável à vista e ao tacto. E, por isso mesmo, muito utilizada nos topos de gama na indústria automóvel.

Depois dos clientes terem chegado a esta conclusão, sem que o construtor tenha alguma vez referido o tipo de material a utilizar no habitáculo do mais acessível dos Tesla, eis que começaram as reclamações de proprietários à medida que as primeiras unidades “Premium” foram entregues aos clientes. Tudo porque os seus Model 3 exibiam tecido nas zonas em que era pressuposto ser utilizada Alcantara.

Dizem alguns clientes que o construtor americano chegou a fornecer unidades do Model 3 com Alcantara, mas depois passou a utilizar tecido, não sendo público se a troca teve motivos meramente financeiros, ou se ficou a dever-se a alguma falha dos fornecedores.

Continuamos aumentar a produção e a fabricar o Model 3 com cada vez mais qualidade, mas todos eles utilizam o mesmo revestimento que também pode ser encontrado nos Model S e X, que era o que estava previsto para o Model 3 nesta fase da produção”, declarou a Tesla.

Apesar das explicações da marca, muitos compradores sentem-se defraudados e fazem sentir a sua frustração nas redes sociais. Outros questionam o construtor sobre os materiais que irá utilizar nas versões mais acessíveis, de 35.000$ e que irá começar a fabricar em breve, se recorre a tecido nas comercializadas por 49.000$.

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