Na passada semana, os jornais espanhóis contavam a história do auxiliar médico que tinha faltado 4.453 dias ao trabalho nos últimos 15 anos. Ou seja, nos últimos 15 anos, não tinha trabalhado doze. O Conselho Provincial de Alicante, onde o homem reside, não o considera apto para trabalhar. Contudo, a Segurança Social negou-lhe por três vezes a incapacidade laboral permanente.

Espanha. A história do auxiliar médico que trabalhou apenas 18 meses em… 15 anos

A história era estranha, complexa, com muitos pormenores mas existia um detalhe por descobrir: ninguém sabia como se chamava este auxiliar médico. Até que o El Mundo que se chama Juan Carlos, tem 60 anos e o perfil de Facebook mostra um homem que — segundo aqueles que o conhecem — ficou preso no passado.

O jornal espanhol falou com vários amigos e conhecidos de Juan Carlos. Todos contam que, durante muitos anos, o espanhol foi viciado em exercício físico e era apaixonado pelo culturismo. Chegou a um ponto em que, citando um dos conhecidos, “podia ter sido porteiro de discoteca”. Segundo o El Mundo, Juan Carlos perdeu a forma ao longo dos anos e foi o vício em anabolizantes que lhe provocou a maior parte dos problemas de saúde que originaram as consecutivas baixas.

Desde que a história se tornou tema de conversa de café, Belvis — como é conhecido no bairro onde vive – desapareceu. No portão da sua casa, estão jornalistas e câmaras de televisão mas de Juan Carlos, nem uma aparição. Na única declaração que deu sobre o assunto, ao jornal espanhol Información, explicou os 12 anos de ausência laboral da seguinte forma: “Muitas pequenas coisas que no final se juntam e me impedem de trabalhar”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR