Os trabalhadores da PT Portugal realizam esta segunda-feira, em Lisboa, um plenário e uma vigília para protestar e exigir uma gestão que “respeite os trabalhadores” e garanta a estabilidade, segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Portugal Telecom (STPT). Em comunicado divulgado na sexta-feira, o STPT precisa que os sindicatos com a Comissão de Trabalhadores da Meo marcaram um plenário para as 14h00, seguindo-se uma vigília entre as 17h00 e as 24h00 horas, junto do edifício da empresa em Picoas.

Estas ações surgem devido a uma “visão estreita e totalmente virada para a redução de custos e aumento de mais-valias para os donos do Grupo”, segundo o sindicato, que lembrou a “pressão sobre trabalhadores para rescisões”, as “desqualificações profissionais” e a “colocação de centenas de trabalhadores sem ocupação efetiva diária”.

Outras críticas são a “alteração dos locais de trabalho para os trabalhadores percorrerem longas e cansativas deslocações diárias”, a “retirada de valores pecuniários de forma unilateral”, a “externalização de funções de 155 trabalhadores para empresas de futuro incerto” e a “passagem compulsiva à reforma antecipada de centenas de trabalhadores a partir de janeiro, deixando de pagar qualquer retribuição e sem ter deferimento da Segurança Social”.

Assim, a “situação sócio laboral da PT Portugal continua instável e totalmente desadequada a um clima saudável de trabalho e sem um projeto objetivo claro e inequívoco para o desenvolvimento da empresa”, pelo que os trabalhadores voltarão a ações de luta hoje, referia o sindicato.

A operadora de telecomunicações PT, detida há dois anos pela francesa Altice, tem sido alvo de protestos por motivos laborais.

No verão gerou muita polémica a mudança de 155 funcionários da PT para outras empresas — Tnord, Sudtel, Winprovit e ainda Visabeira -, recorrendo à figura jurídica de transmissão de estabelecimento. Destes, quase 30 já rescindiram contrato com a empresa.

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