A morte de um macaco infetado pelo vírus da febre-amarela levou as autoridades de saúde do estado brasileiro de São Paulo a decretar hoje o encerramento do zoológico e do jardim botânico.

A Secretaria de Saúde estadual frisou que a medida é preventiva e que a morte do macaco fez com que outros quatro distritos da zona sul da cidade de São Paulo, capital do estado onde estão localizados o zoológico e o jardim botânico, fossem incluídos na campanha de vacinação que começa na próxima quinta-feira.

O número de mortes causadas pela febre-amarela em São Paulo nos últimos 12 meses é de 36, segundo o último boletim divulgado pela Secretaria de Saúde. De acordo com os dados, o número de casos confirmados da doença foi de 81 no mesmo período.

A febre-amarela começou a preocupar as autoridades de saúde de São Paulo no ano passado quando macacos foram encontrados mortos em parques da zona norte da capital do estado.

No Brasil, a doença tornou-se foco de preocupação no início de 2016, quando um surto afetou diversas cidades dos estados do Espirito Santo e Minas Gerais.

O Ministério da Saúde brasileiro anunciou na semana passada que 20 pessoas morreram em consequência da febre-amarela de agosto de 2017 até janeiro deste ano, quando houve um total de 35 casos registados.

Especialistas do país distinguem dois tipos de febre-amarela que são diferenciadas pelo mosquito transmissor: a silvestre – transmitida pelos ‘Haemagogus’ e os ‘Sabethes’, que atacam principalmente os macacos – e a urbana – que é transmitida pelo ‘Aedes aegypti’ o mesmo vetor da dengue, Zika e da chikungunya.

Os casos registados no Brasil têm sido ligados à febre-amarela silvestre, mas, com a aproximação da fronteira de transmissão às grandes cidades o risco de que o mosquito urbano passe a transmitir a doença aumenta.

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