O Fundo Monetário Internacional reviu esta quinta-feira em alta a previsão de crescimento da economia do Brasil, antecipando agora uma expansão económica de 1,9%, face aos 1,5% previstos nas Perspetivas Económicas Globais de outubro.

“No Brasil, após uma grave recessão em 2015 e 2016, a recuperação económica está ganhando força, impulsionada pelo consumo e o investimento privados”, escreve o economista-chefe para a América Latina e Caribe no blogue do FMI.

“A inflação caiu para 3% em 2017, devido ao forte recuo dos preços dos alimentos (graças a uma safra excecional)”, acrescenta Alejandro Werner, vincando que a “previsão para o crescimento do Brasil em 2018 foi fortemente revista em alta em relação às Perspetivas Económicas Globais de outubro de 2017”, passando de 1,5% para 1,9%.

No entanto, alerta o economista-chefe para esta região, “o desfecho incerto das eleições gerais de 2018 pode afetar o crescimento económico”.

Por isso, conclui, “para garantir a sustentabilidade fiscal, as autoridades brasileiras pretendem realizar uma consolidação fiscal prolongada, que inclui uma ambiciosa reforma da previdência social”.

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Graças a uma conjuntura mundial mais favorável, “a recuperação económica da América Latina também está a ganhar impulso, à medida que as recessões nalguns países, como o Brasil, a Argentina ou o Equador chegam ao fim”, acrescenta o economista.

“As nossas estimativas atualizadas indicam um crescimento regional de 1,3% em 2017 (contra os 1,2% projetados em outubro), com uma previsão de aceleração da atividade económica para 1,9% em 2018 e 2,6% em 2019”, lê-se no documento.

Excluindo a Venezuela, mergulhada num cenário económico caótico, com uma inflação de 13.000% e uma recessão de 15%, a previsão de crescimento para esta região sobe para 2,55% este ano e 2,8% em 2019.