A Jaguar Land Rover (JLR), hoje pertença da indiana Tata, fabrica anualmente cerca de 1,7 milhões de veículos no Reino Unido, a maioria para exportação. E, à semelhança das outras fábricas instaladas na ilha, viradas para exportação, teme que o Brexit e os impostos a que serão expostos os veículos destinados aos países da União Europeia (UE) tornem os seus modelos menos competitivos.

A preocupação não é exclusiva da JLR, uma vez que também a Vauxhall, agora sob a alçada da PSA, já anunciou o corte de 400 funcionários na sua linha de produção, prometendo não ficar por aqui, um pouco à semelhança da Aston Martin, que já assegurou ao Governo inglês a sua intenção de abandonar o país, caso este avance com um Brexit que penalize as exportações para a UE.

Aos problemas relacionados com o Brexit, a JLR soma a crescente perseguição aos motores diesel (90% dos que equipam a Land Rover) no mercado inglês em forma de imposto, o que leva os clientes a pensarem duas vezes antes de adquirir um veículo com motor a gasóleo. Por outro lado, as vendas do grupo também não estão ao nível antecipado, o que obriga à tomada de decisões difíceis.

Para já, a JLR vai aplicar cortes na produção a partir do segundo trimestre do ano na fábrica de Halewood, nos arredores de Liverpool. E, como não faz sentido impor cortes na produção sem acompanhá-los por despedimentos, a JLR vai em breve juntar-se aos outros fabricantes que já começaram a adaptar a capacidade de laboração aos tempos de crise que ameaçam o Reino Unido.

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