Esta quinta-feira, e como habitualmente, deveria reunir a 9.ª Secção Criminal do Tribunal da Relação de Lisboa. Rui Rangel é um dos juízes que faz parte desta secção e deveria ser relator do acórdão em três processos e juiz-asa num quarto. O início da sessão de trabalho estava agendado para as 14h30. No entanto, cerca de uma hora depois o presidente do Tribunal da Relação de Lisboa, Orlando Santos Nascimento, informou os jornalistas, em comunicado, de que o juiz desembargador não estaria presente “por razões de natureza pessoal”.

Rui Rangel é um dos 12 arguidos no âmbito da Operação Lex — cinco deles encontram-se detidos. O juiz desembargador está a ser investigado num processo em que estão em causa crimes de corrupção, recebimento indevido de vantagem, branqueamento, tráfico de influências e fraude fiscal qualificada. Na sequência da investigação, na passada terça-feira foram realizadas 33 buscas, 20 das quais a casas, três a escritórios, sete a empresas e três a postos de trabalho — onde se inclui o Tribunal da Relação de Lisboa, a SAD do Benfica e o estádio da Luz.

Caso Rui Rangel. O que já se sabe e quem é quem no processo

A investigação corre no Departamento Central de Investigação e Ação Penal na sequência de uma certidão extraída do processo que, em 2016, foi aberto e culminou na detenção de José Veiga e de Paulo Santana Lopes, designado “Rota do Atlântico”.

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