O ano letivo em Moçambique arrancou esta sexta-feira, mas com falta de 14 mil professores do ensino primário, disse à Lusa o porta-voz do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano.

“Apesar do défice, tentámos criar condições para que os alunos tenham um bom arranque das aulas”, afirmou Manuel Simbine.

No total, o Ministério da Educação conta com mais de oitenta mil professores para o primeiro grau, número que, ainda assim, não é suficiente para as necessidades do setor.

“Vamos continuar a apostar no segundo turno para evitar que as turmas fiquem sem professores”, acrescentou o porta-voz do Ministério da Educação, em alusão ao sistema em que um professor é responsável por duas turmas em horários diferentes.

Este ano há mais 1,2 milhões de crianças nas escolas primárias e a tutela estima que o número total de alunos no ensino geral (primário e secundário) ascenda a 7,7 milhões.

As aulas só começam na segunda-feira, mas a abertura do ano letivo foi feita hoje com uma cerimónia oficial em Rotanda, centro do país, onde o primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, inaugurou uma escola secundária.

Os investimentos “são esforços que vão ajudar na melhoria da qualidade de ensino”, referiu o governante, que lançou um apelo para que os agentes educativos se afastem de atos de corrupção.

“A corrupção é uma realidade e o setor de educação não está alheia a isso. É um mal que mina o desenvolvimento do país. Por isso, é urgente que todos participemos no combate a esse mal”, disse o primeiro-ministro.

O ano letivo decorre ao longo de 38 semanas de aulas divididas por três períodos, até 16 de novembro.

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