Os responsáveis pelo projeto do BE sobre despenalização da morte assistida, João Semedo e José Manuel Pureza, afirmaram esta sexta-feira ter tido uma conversa “muito produtiva, muito sincera” com o Presidente da República sobre esta matéria.

“Tivemos uma conversa muito importante, muito produtiva, muito sincera. E, do senhor Presidente da República, recebemos um conjunto de pontos de vista sobre esta matéria que, evidentemente, ponderaremos, levaremos em conta”, declarou José Manuel Pureza aos jornalistas, no final de uma audiência no Palácio de Belém, em Lisboa, que durou mais de uma hora.

Segundo o deputado do BE, o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, não revelou durante o encontro “qualquer tipo de opinião sobre a substância, sobre a solução em causa”, mas “houve uma assinalável convergência” quanto aos termos em que deve decorrer esta discussão.

“Houve uma assinalável convergência entre nós, no sentido de que tudo devemos fazer para que o debate corra, como, aliás, tem corrido até agora, em grande medida, na sociedade portuguesa, portanto, um debate feito de argumentos e feito, não apenas de princípios gerais e abstratos, mas também de soluções concretas para esta questão”, considerou.

Sem precisar uma data, José Manuel Pureza disse aos jornalistas que o projeto do BE, que vai ser apresentado publicamente no sábado, deverá dar entrada formal na Assembleia da República proximamente, para ser debatido até ao final desta sessão legislativa.

O deputado do BE e professor universitário sustentou que “o amadurecimento da reflexão feita na sociedade portuguesa” sobre este tema já permite “situar agora o epicentro do debate no parlamento” e acrescentou: “Acreditamos que até ao fim da sessão legislativa isso deverá ser feito”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR