Os trabalhadores da Autoeuropa cumprem o primeiro sábado de trabalho obrigatório na fábrica de Palmela no âmbito do novo horário transitório imposto unilateralmente pela empresa, após a rejeição de dois pré-acordos negociados previamente com a Comissão de Trabalhadores.

Além de não concordarem com o trabalho obrigatório ao sábado, os trabalhadores da Autoeuropa também consideram que a remuneração proposta é insuficiente face à alteração que esta mudança irá provocar na vida familiar.

A Autoeuropa promete pagar os sábados ao valor normal de um dia de trabalho acrescido de 100%. A este valor pago pelo trabalho ao sábado a empresa admite juntar ainda mais 25%, caso sejam cumpridos os objetivos de produção trimestrais.

Apesar das divergências em relação ao novo horário transitório, que vigora até ao mês de julho, administração e Comissão de Trabalhadores continuam a negociar o novo acordo laboral, a que deverão seguir-se as negociações para o horário de trabalho que deverá vigorar a partir do próximo mês de agosto.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O conflito laboral na Autoeuropa também não tem impedido a administração e a Comissão de Trabalhadores de afirmarem repetidamente que acreditam num final feliz do processo negocial, embora tudo indique que o acordo sobre os horários de trabalho não será fácil de alcançar.

A Autoeuropa deverá atingir este ano uma produção de 240.00 automóveis, a grande maioria do novo modelo T-Roc, veículo que o grupo alemão Volkswagen pretende construir apenas na fábrica de automóveis de Palmela.

Para dar resposta ao volume de produção do T-Roc, a Autoeuropa já contratou mais 2.000 trabalhadores, que se juntam aos 3.000 que trabalhavam na fábrica da Volkswagen em Palmela, e procedeu a uma alteração significativa dos horários de trabalho, que têm agora 17 turnos semanais distribuídos pelos cinco dias úteis da semana e pelos sábados.