Mais de 140 mil gregos invadiram as ruas de Atenas este domingo num protesto que se deve ao facto de a República da Macedónia ter o mesmo nome que a região grega. Muitos gregos opõem-se ao facto de o país oriundo da ex-Jugoslávia ter o mesmo nome da região da Macedónia, no norte da Grécia, explica a BBC. Os protestos têm subido de tom depois de o Governo de Tsipras ter admitido reconhecer o nome do país.

Os manifestantes estão a opôr-se às propostas do governo grego para resolver o problema. Os manifestantes saíram à rua com bandeiras gregas e com cartazes onde se lia “tirem as mãos da Macedónia” e “Macedónia é a Grécia. O compositor Mikis Theodorakis, de 92 anos, era um dos manifestantes e diz que “a Macedónia foi e será sempre grega”, sugerindo que a questão seja resolvida através de um referendo. Theodorakis disse ainda que o vizinho estado do Norte era “ilegítimo”.

As manifestações não se limitaram à Grécia, também houve protestos em Londres, onde foi filmado este vídeo.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Nikos Kotzias, recebeu recentemente ameaças de morte quando disse que esperava que a disputa pelo nome fosse resolvida em meses. Em 1991, no pós-Jugoslávia, a Macedónia tornou-se um país independente, mas o nome do estado tem sido disputado por gregos e macedónios.

Até 1991, a Macedónia fazia parte da Jugoslávia socialista. Em 1993, entrou para as Nações Unidas com o nome antiga República jugoslava da Macedónia. Faz fronteira com o Kosovo, a Sérvia, a Bulgária, a Albânia e a Grécia.

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