As fortes dores de barriga levaram a família a crer que a filha de 11 anos sofria de um “problema de estômago grave”. Os pais chamaram uma ambulância que os levou até ao Hospital Clínico Universitario Virgen de la Arrixaca, em Murcia, Espanha, na passada sexta-feira, relata a cadeia de rádio Cadena Ser, que avançou a notícia. Depois de ser levada para as emergências da pediatria do hospital e de ser examinada, os médicos excluíram a hipótese de se tratar de problemas gastrointestinais. O diagnóstico foi outro.

A criança, de 11 anos, filha de imigrantes bolivianos, estava em trabalho de parto. “Não teve de passar pela sala de cirurgia e deu à luz de parto natural um menino“, confirmou uma fonte do hospital à Cadena Ser, acrescentando que tanto a mãe como o filho estão em perfeitas condições de saúde.

O que se seguiu ao parto foi o que o protocolo prevê: dada a idade da criança, o hospital informou a polícia e os serviços sociais sobre o caso. Mesmo num caso hipotético, em que a relação sexual que originou a gravidez tenha sido permitida pela menor, como a mãe tem menos do que 16 anos, o caso pode ser considerado um crime — a lei espanhola determina que os menores de 16 anos não têm maturidade suficiente para decidir sobre si mesmos no que diz respeito a casos como estes.

Relação sexual terá sido voluntária

O pai da criança é o irmão de 14 anos, revelou a agência Efe, mas o ato sexual que deu origem à gravidez terá acontecido quando ainda tinha 13 anos. De acordo com fontes policiais, ao jornal El País, os primeiros indícios apontam para que a relação sexual tenha sido voluntária. O caso já está a ser investigado e a mãe de 11 anos vai ser interrogada.

Nem a criança nem a família sabiam da gravidez, de acordo com a Cadena Ser. “Quando foram questionados sobre isso, disseram que não sabiam”, revelou uma fonte, acrescentando que “os familiares pediram para levar a criança para as emergências — na ambulância — porque pensavam que tinha um problema no estômago ou uma doença grave que causava dores fortes”.

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