As normas anti-poluição estão cada vez mais “apertadas” e, por isso mesmo, fazem cada vez mais vítimas entre os modelos que não as cumprem. A grande alteração, que está neste momento em curso, tem a ver com a troca do velho e pouco eficaz método de determinação de consumos e emissões, o New European Driving Cycle (NEDC), pelo mais recente e fidedigno Worldwide harmonized Light vehicles Test Procedure (WLTP), que embora continue a ser apurado em condições laboratoriais, está bastante mais próximo da realidade.

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O WLTP, que já levou ao afastamento de vários modelos da produção, fez agora mais uma vítima, com a BMW a reconhecer que o M3 – um “brinquedo” com motor de seis cilindros sobrealimentado, com três litros de cilindrada e 431 cv – entregou a alma ao criador, ou seja, saiu do portefólio da marca por não cumprir os limites impostos pela nova regulamentação.

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O mesmo aconteceria com o M4, a versão de duas portas do M3, mas ao ser um modelo mais recente, justifica o investimento numa re-homologação após a inclusão de um filtro de partículas, pois apesar de o motor funcionar a gasolina, não implica que esteja livre deste flagelo que tanto persegue os diesel.

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Outro modelo da BMW que corria o risco de ser descontinuado em breve, caso não passasse a montar o novo filtro, é o M550i xDrive, também ele a gasolina, com o 4.4 V8 a debitar 462 cv. Segundo os responsáveis da marca, cerca de 97% da gama europeia de motores a gasolina necessita de filtros de partículas para ficar de acordo com a nova regulamentação, o que basicamente exclui os motores mais recentes, como o novo M5, porque vai incluir logo à nascença o abençoado filtro, que os diesel já utilizam há anos. Em relação ao M550i xDrive, vai ver a sua fabricação interrompida no final de Maio e não deverá regressar à oferta da marca antes do segundo semestre de 2018.