O casamento da princesa Mako, do Japão, vai ser adiado. O noivado foi anunciado em setembro do ano passado e o casamento estava marcado para novembro deste ano, mas agora vai ter de esperar — até 2020, avançam os meios de comunicação internacionais.

Mako é a neta mais velha do Imperador do Japão, Akihito, e a primeira a casar. Segundo adianta o Washington Post, o casal decidiu adiar a data do casamento para depois da abdicação do imperador, marcada para abril do próximo ano.

É a primeira vez, em mais de dois séculos, que um imperador se retira do poder, mas Akihito já tinha dito em 2016 que queria retirar-se depois de quase três décadas como imperador, alegando problemas de saúde e uma idade já muito avançada, revela o jornal Straits Times. Ao ainda imperador japonês vai suceder o filho, príncipe Naruhito, de 57 anos.

“Lamento muito por causar algum transtorno e algum trabalho extra para aqueles que estão a ajudar-nos com o casamento”, sublinhou a princesa ao mesmo jornal.

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O site oficial da família real japonesa, a Imperial Household Agency, adiantou ainda que outro dos motivos apresentados pela família real foi a falta de tempo para a preparação da cerimónia, algo que acabou por ser reconhecido pela princesa. “Quero pensar neste casamento mais profundamente e dedicar tempo suficiente para preparar a cerimónia e aquilo que se segue depois”, frisou a princesa, citada pela CNN.

Embora tenha sido dada esta justificação, o Washington Post acrescenta que a especulação em torno da alteração da data do casamento ainda pode estar relacionada com a origem social do noivo, Komuro, um jovem jurista que não pertence à nobreza.

O casal (ambos têm 26 anos) conheceu-se em Tokyo, na Universidade Cristã Internacional, e está junto desde 2012. Depois de casar, a princesa vai renunciar ao estatuto de membro da família Imperial, depois de casar com Komuro, tal como está estipulado na Constituição da Casa Imperial Japonesa, adianta o Daily Mail. 

Depois  da união, a família real ficará reduzida a 18 membros, cuja continuidade só é assegurada pelos herdeiros do sexo masculino da família.