A obra Natividade com São Francisco e São Lourenço, de Caravaggio, protagonizou um dos mais conhecidos roubos em toda a história. Agora sabe-se qual o destino que a famosa pintura conheceu: foi cortado em partes e vendida no mercado negro.

Num assalto organizado pela máfia siciliana, a obra foi roubada em 1969 do Oratório de S. Lourenço, em Palermo. O mundo acreditou que, depois de cortada em pedaços, a tela tinha sido levada para a sede da organização e que tinha acabado a ser comida pelos ratos.

Segundo Gaetano Grado, elemento da máfia, a obra, avaliada em 20 milhões de dólares, foi levada para o exterior de Itália, “provavelmente para a Suíça, depois do pagamento de uma avultada quantia de francos”, ainda em 1970, pelo chefe Gaetano Badalamenti — conhecido por vender droga através de pizzarias, nos Estados Unidos, onde acabou por morrer na prisão em 2004, avança o El País.

Grado entrou em detalhes e decidiu contar que a tela, de 2,68 metros por 1,97, foi cortada em seis ou oito partes, e acabou por ser vendida no mercado negro. Procurada desde a época do crime, o paradeiro da pintura de Caravaggio tornou-se uma incógnita para a polícia italiana, mas também para o FBI, que a mantém no top ten de obras de arte desaparecidas.

Atualmente, existe uma réplica digital da obra na mesma capela de onde a pintura original foi roubada. Através das declarações dos antigos mafiosos, que as usam para negociar melhores condições na prisão, são descobertas novas histórias, que, na realidade, nunca terminam.

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