A reunião de urgência desta quinta-feira, que sentou à mesa militares e polícias, resultou na decisão de marcar para o dia 20 de fevereiro um encontro nacional, para entregar uma moção ao primeiro-ministro a dar conta que forças de segurança e Forças Armadas “não estão a gostar da forma como estão a ser tratadas”.

A declaração foi feita à TSF por Paulo Rodrigues, da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) que esta quinta-feira se reuniu, em Lisboa, com a Associação de Profissionais da Guarda (APG/GNR), a Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA), a Associação Nacional de Sargentos (ANS) e a Associação de Praças. E causa está o bloqueio que existe com o Governo no descongelamento das carreiras profissionais dos militares e profissionais de segurança.

“Esperemos que o primeiro-ministro tenha em conta que estão aqui reunidos profissionais das Forças Armadas e das forças de segurança e que não estão a gostar da forma como estão a ser tratados. Este tratamento é de desvalorização, de menosprezo por profissionais que todos os dias tentam manter aquilo que é o equilíbrio da segurança em Portugal”, disse Paulo Rodrigues.

No sábado, o Expresso dava conta de um protesto inédito de representantes das Forças Armadas contra a redução de efetivos. Desse encontro resultou um memorando formal, que foi depois entregue em ministro da Defesa, Azeredo Lopes.

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Chefes das Forças Armadas unem-se em protesto contra Governo

Agora, a questão é o descongelamento de carreiras que não ficou previsto para estas áreas profissionais no Orçamento do Estado para 2018, mas que o Governo prometeu encontrar uma solução. “Não podemos aceitar esta tentativa de protelar no tempo a resolução de um problema, que é um problema transversal a toda a administração pública”, considera o porta-voz do encontro que acontece esta quinta-feira.