A Gâmbia regressou esta sexta-feira à Comunidade Britânica, após ter-se retirado em 2013, voltando a aumentar para 53 o número de Estados membros da organização mais conhecida por Commonwealth.

O regresso ficou marcado com a receção da secretária-geral da organização, Patricia Scotland, numa cerimónia em Londres, em que, na sede da Commonwealth, foi novamente erguida a bandeira gambiana.

A decisão de regressar à Comunidade Britânica foi tomada pelo novo Presidente gambiano, Adama Barrow, e marca o fim das divergências que opunham as políticas do anterior chefe de Estado da Gâmbia, Yahya Jammeh, derrotado nas eleições de dezembro de 2016.

Desde então que Barrow tem tentado retirar o país do isolamento internacional, com o regresso à Commonwealth a representar mais um passo nesse sentido.

A saída da organização, integrada na sua grande maioria por países que, outrora, foram colónias britânicas, foi ditada pelo antigo ditador gambiano, que liderava o país com “mão de ferro” desde 1994.

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“A Gâmbia jamais fará parte de uma instituição neocolonial”, argumentou então Yahya Jammeh, 52 anos, que só aceitaria a derrota eleitoral quase dois meses depois das eleições de 01 de dezembro de 2016 e que, entretanto, se exilou na Guiné Equatorial.

Para o exílio, segundo acusou a Presidência em Banjul, o ex-chefe de Estado levou consigo 11 milhões de dólares (quase nove milhões de euros) e um avião de carga com carros de luxo e outros bens.

Pouco depois de tomar posse, em janeiro de 2017, Barrow anunciou a intenção de regressar à Comunidade Britânica, decisão confirmada meses depois pelo Parlamento gambiano.