Séries

Star Trek: Discovery

A história desenrola-se uma década antes de Kirk e Spock protagonizarem as suas aventuras a bordo da nave Enterprise e tem como protagonista a primeira amotinada da Federação dos Planetas, Michael Burnham (personagem interpretada por Sonequa Martin-Green). Em tempo de guerra entre a Federação e o Império Klingon, cabe à oficial da Frota Estelar caída em desgraça — uma humana criada entre os muito racionais vulcanos — encabeçar a ação. Ao contrário do que já vimos acontecer nas séries anteriores deste franchise, Michael Burnham não é capitã de nenhuma nave (nem da Discovery, que dá nome à série). A primeira temporada, composta por 14 episódios, marca o regresso ao pequeno ecrã do legado de Star Trek, embora haja uma aura mais negra e também dramática a ela associada. Ao elenco juntam-se ainda os atores Jason Isaacs, Michelle Yeoh e Shazad Latif, sendo que a segunda temporada já foi confirmada.

Carbono Alterado

Um enredo dentro de enredos, uma história complexa num futuro onde a morte já não é a única certeza da vida. Aquela que é uma das séries de ficção científica mais caras da Netflix resulta de uma adaptação da trilogia escrita por Richard K. Morgan e tem Joel Kinnaman no papel principal. Num mundo em que o ser humano não morre verdadeiramente, uma vez que a sua consciência está alojada num dispositivo que pode ser transferido de corpo em corpo, um prisioneiro regressa à vida depois de votado a um “sono profundo” de 250 anos. A história acompanha a investigação de Takeshi Kovacs, a quem lhe é dada uma segunda oportunidade, ao ser contratado por Bancroft, um homem rico e velho, que quer descobrir quem o matou (num universo onde a fortuna compra a imortalidade, é natural que Bancroft tenha acesso a mais cópias de si mesmo). A primeira temporada, que muitas publicações internacionais garantem fazer lembrar “Blade Runner”, é feita de 10 episódios, todos eles descarregados em simultâneo no serviço de stremeaning Netflix. E o que tem uma série de investigação futurística, carregada de sexo e violência, onde só se morre quando o “disco rígido” da alma é destruído, que ver com exploração intergalática? A história passa-se numa altura em que o ser humano já colonizou vários mundos, caso contrário não morrer seria um verdadeiro problema tendo em conta a densidade populacional (a desigualdade social, essa, já existe). A série é criação de Laeta Kalogridis, que escreveu também o filme “Shutter Island”.

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https://www.youtube.com/watch?v=dhFM8akm9a4

The Expanse

Também aqui há detetives de chapéu na cabeça e de olhar intrigado e intrigante, ainda que a história tenha como pano fundo as profundezas do espaço e a ténue diplomacia interplanetária. A série arranca no século XXIII, com o desaparecimento de uma rapariga a ligar personagens tão diferentes entre si que, de outra forma, dificilmente se cruzariam. Em causa está, na verdade, uma conspiração que pode desencadear uma guerra entre os planetas, numa altura em que o homem já colonizou o sistema solar. Há sensivelmente um ano, a Rolling Stone escrevia que esta era “a melhor série televisiva de ficção científica que não estávamos a ver”, e que, aos poucos, a narrativa apresentada se estava a transformar numa “jóia imperdível”. A terceira temporada da série está prevista para 2018.

Cosmos: Odisseia no Espaço

“Cosmos” é uma continuação da série de 1980, então apresentada por Carl Sagan, cientista e astrónomo. Agora, é o astrofísico Neil deGrasse Tyson quem faz as honras de apresentar novos detalhes sobre o tempo e o espaço. A série documental estreou em 2014 e os seus 13 episódios podem ser visto através do serviço de streaming Netflix. Uma segunda temporada, chamada “Possible Worlds”, foi assegurada no início de 2018 e deverá chegar ao pequeno ecrã daqui a um ano. Não se conhecem muitos detalhes sobre esta nova aventura, mas se os primeiros episódios se dedicaram a explorar o universo ao mais ínfimo detalhe, os novos irão abordar territórios nunca antes explorados.

Marte

Estamos em 2033 e uma nave espacial tripulada tem como missão colonizar o planeta vermelho. É a partir desta premissa que se desenrola este drama documental, que cruza ficção com realidade ao longo de seis episódios de aproximadamente uma hora. As cenas de ficção dignas de um filme são intercaladas com intervenções de algumas das mentes mais importantes.

Filmes

Gagarin: O Primeiro No Espaço

Foi há quase 60 anos que o cosmonauta soviético Yuri Gagarin entrou para a história ao tornar-se o primeiro homem a viajar no espaço. A missão, feita em plena guerra fria, mas também a vida do homem que viria a ser um herói nacional é contada no filme “Gagarin: O Primeiro no Espaço”. O filme de 2013 debruça-se ainda sobre a ascensão de Gagarin, que cresceu pobre e mais tarde foi selecionado e treinado para a missão Vostok, de 1961.

Perdido em Marte

O nome diz tudo, ou quase tudo. Matt Damon interpreta o astronauta Mark Watney, que durante uma missão tripulada a Marte é arrastado por uma tempestade de areia. O fenómeno natural faz com que a missão seja abortada e Mark, tido como morto, é deixado para trás. O filme centra-se na resistência da personagem, que se recusa a dar por vencido e nos esforços de quem o pode trazer de volta, sejam cientistas de todo o mundo, sejam os colegas de tripulação que, quando tudo parece falhar, embarcam num difícil missão de resgate. Escreve o The Guardian, que Matt Damon “brilha” na pele de um astronauta encalhado e que o realizador Ridley Scott “aproveita ao máximo um excelente guião”.

À Boleia pela Galáxia

É muito provável que não haja trailer mais específico do que este — é uma questão de o leitor confirmar por si mesmo carregando no “play”, aí em baixo. O filme protagonizado por Martin Freeman conta a viagem tresloucada de Arthur Dent que é levado para fora da Terra com a ajuda de um amigo, momentos antes de o planeta ser destruído por extraterrestres. O filme é uma adaptação da série de ficção científica criada por Douglas Adams. À semelhança dos outros filmes, também este pode ser pode ser visto na Netflix.

Os Guardiões da Galáxia

O filme de 2014, com Chris Pratt no papel principal, quase dispensa apresentações (o segundo “episódio” da saga chegou ao grande ecrã há sensivelmente um ano). Sem que nada o fizesse prever, um grupo de heróis improváveis acaba por ficar encarregue de salvar a galáxia de destruição total. Peter Quill, o humano desterrado com o peculiar gosto musical que lhe é característico, junta-se a quatro personagens extravagantes para uma missão intergaláctica que inclui mundos estranhos e muitas cenas de ação. O filme está disponível na Amazon Prime.

https://www.youtube.com/watch?v=B16Bo47KS2g

Apollo 13

Também disponível para ser visto ou revisto no Amazon Prime está “Apollo 13”, o filme protagonizado por Tom Hanks que trouxe ao cinema a frase icónica “Houston, we have a problem.” O filme realizado por Ron Howard recria a terceira missão lunar da NASA que acabaria por falhar devido a uma explosão num tanque de oxigénio que ameaçou a vida dos três astronautas a bordo. O drama foi muito bem recebido pela crítica, mas acabou por perder o óscar de Melhor Filme para o “Braveheart: O Desafio do Guerreiro” de Mel Gibson.