Os adeptos benfiquistas estiveram com um olho em Portimão e outro em Ljubljana. Se não o fizeram por patriotismo, fizeram certamente por clubismo. Afinal, Fábio Cecílio, André Coelho, Bruno Coelho e Tiago Brito foram durante umas semanas da Seleção mas durante o ano o vermelho que envergam é diferente, o seu, do Benfica.
Mas também o Benfica, sobre o relvado, parecia querer apressar o jogo para assistir à final do Europeu — mal sabiam que a final se arrastaria para lá do tempo regulamentar e só se resolveria frente aos espanhóis nos derradeiros instantes do prolongamento, terminando quase à mesma hora do jogo em Portimão.
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Portimonense.-Benfica, 1-3
Estádio Municipal de Portimão
Árbitro: Carlos Xistra
Portimonense: Ricardo Ferreira; Hackman, Lucas Possignolo, Felipe Macedo e Rúben Fernandes; Dener (Pires, 84’), Ewerton e Pedro Sá (Fede Varela, 46’); Nakajima (Galeno, 74’), Fabrício e Tabata
Suplentes não utilizados: Leo, Wellington, Marcel e Rafa Soares
Treinador: Vítor Oliveira
Benfica: Varela; André Almeida, Rúben Dias, Jardel e Grimaldo; Fejsa, Pizzi (Diogo Gonçalves, 93′) e Zivkovic; Rafa (Samaris, 81’), Jonas (Jiménez, 63’) e Cervi
Suplentes não utilizados: Svilar, Luisão, Seferovic e João Carvalho
Treinador: Rui Vitória
Golos: Cervi (6’; 78’), Felipe Macedo (65’) e Zivkovic (95′)
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Pedro Sá (31’), Pizzi (41’), Tabata (48’), Lucas Possignolo (61’) e Dener (68’)
No começo, o ritmo foi altíssimo, quase vertiginoso, no Algarve. A tríade de ataque, Rafa-Jonas não sossegava na frente, desassossegando a surpreendida defesa do Portimonense com acelerações, dribles, tabelas. O primeiro remate com perigo foi ao minuto seis e resultou logo no primeiro golo. Os visitantes foram tabelando a seu bel-prazer até à entrada da grande área do Portimonense: Zivkovic para Jonas, Jonas para Zivkovic, Zivkovic para Rafa. Rúben Fernandes seguia Rafa e evitou que o extremo do Benfica entrasse na área ou rematasse. Mas não evitaria que a bola por ele próprio cortada chegasse a Cervi. O argentino agradeceu e rematou de pronto, batendo Ricardo Ferreira. Cervi não marcava no campeonato desde setembro.
O Benfica não rematava muito, é certo, mas controlava. E muito do controlo se deveu a Fejsa: só na primeira meia hora o sérvio conseguiu sete recuperações de bola. A segunda ocasião de perigo do Benfica foi ao minuto 25.
André Almeida escapa pela direita, cruza chegada à linha de fundo, o cruzamento chega a Jonas que, sem marcação na grande área, apanhou a bola nas “orelhas” (não é normal, não) e o remate nem à baliza vai.
A intensidade caiu. E o Portimonense aproveitaria para “respirar” e tentar organizar o ataque.
O seu primeiro remate foi ao minuto 42. Nakajima acelerou meio-campo fora, deixaria tudo e todos para trás, abriu na direita em Ewerton e este rematou. O rematou desviou em Jardel, perdeu força e Varela segura sem problema.
????11.º ⚽golo do ????Benfica nos 15 primeiros minutos de jogo neste campeonato: é a equipa com mais golos a abrir os jogos na ????????Liga pic.twitter.com/dGKIiAyilj
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Mais golos nos primeiros 15 minutos de jogo na ????????Liga 2017/18:
11 BENFICA????
8 Sporting
7 Portimonense
6 Paços Ferreira
5 FC Porto, SC Braga, V. Guimarães pic.twitter.com/V5l4kxOTyq— playmakerstats (@playmaker_PT) February 10, 2018
Regressaria melhor o Portimonense do intervalo. E a primeira ocasião foi mesmo sua. Ao minuto 47, canto de Tabata à esquerda, Rúben Fernandes salta mais alto que toda a gente na grande área do Benfica e cabeceia ao lado do poste. Mas pouco ao lado. O Benfica responderia ao minuto 56. Rafa escapou pela direita, cruzou para a grande área e quem (surpreendentemente) surge a rematar é André Almeida. Sem surpresa, pois André não é dessa nobre arte de finalizar, o remate saiu alto, altíssimo: três pontos para o País de Gales.
Surpresa é Jonas não escrever a “golo” o seu nome na ficha de jogo. Mas o brasileiro saiu lesionado ao minuto 63. Volvidos dois minutos, o Portimonense empatou. Canto de Tabata à esquerda, Felipe Macedo saltou ao primeiro poste, desviou de cabeça para o poste contrário e Varela nem reação teve na baliza do Benfica.
O Benfica voltou a querer muito ir ver como paravam as modas em Ljubljana. E voltaria a acelerar à procura do segundo. Mas ter Jonas ou ter… André Almeida a finalizar não é bem, bem a mesma coisa.
Ao minuto 71, Cervi assiste Almeida na grande área, o lateral remata de primeira (não tinha qualquer oposição e poderia ter feito bem melhor) mas o remate é fraco, enrolado, e Ricardo Ferreira defendeu.
Quando o Portimonense até aparentava procurar mais qualquer coisinha do que o empate, um livre. Era descaído para a direita, a poucos metros da grande área. O minuto era o 78. Pedia-se um canhota e chegou-se à frente a de Franco Cervi. A bola sobrevoa a barreira, Ricardo Ferreira bem se esticou mas a besta entraria quase na “gaveta”, sem dar hipóteses ao guarda-redes dos algarvios. No derradeiro de cinco minutos de tempo extra, Zivkovic começou e concluiu a jogada do terceiro.
O sérvio arrancou (com a bola coladinha como que por íman à bota esquerda) meio-campo adentro, desmarcou à direita a Diogo Gonçalves, Diogo cruzou, Zivkovic (já dentro da grande área) rematou de primeira e acertou em Felipe Macedo. Caprichosa, a bola retornaria ao sérvio, este driblou Macedo e, agora sim, rematou para dentro da baliza.
????Benfica soma o 10.º jogo consecutivo sem perder
➡Na ????????Liga, os encarnados venceram cinco das seis últimas jornadas pic.twitter.com/GYbt1qYxXT
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⚽ Portimonense 1 – 3 Benfica
???? saiu na frente, apanhou susto mas venceu jogo dificil no Algarve ????
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