A quantidade de materiais necessários para produzir um automóvel é tão grande quanto variada. Do aço ao alumínio, passando pelo magnésio, titânio, plásticos, tecido e pele, sem esquecer a borracha, o óleo, a água e até o ar para os pneus. E, para juntar muitos deles, é preciso rebites, cola, soldadura por pontos, contínua ou até por laser, e fio para coser o que não se pode juntar de outra forma.

Na Seat, há uma equipa que existe especificamente para trabalhar com este fio e gastar 30 km por ano, o suficiente para ligar Lisboa a Cascais, ou Matosinhos a Espinho. O seu chefe é o costureiro britânico Nick Allen, que cria o revestimento interior dos modelos da marca espanhola do Grupo Volkswagen e que, antes, cosia na perfeição as obras de arte que a McLaren comercializa. Tendo ainda passado pela Jaguar e Bentley.

Allen trabalha sobretudo com pele, que a sua equipa corta e cose, para depois revestir assentos, painéis de portas, volantes e alavancas de caixa de velocidades. E é para juntar todas estas peças que a Seat consome 30.000 metros de fio por ano. De várias cores, pois a costura tem de combinar com o tom do couro, e se há alguns anos o fio utilizado era essencialmente preto, agora reina o vermelho e amarelo, entre outras cores substancialmente mais vivas.

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