A defesa de Cristiano Ronaldo considerou que a Agência Tributária espanhola fez “engenharia interpretativa” para acusar o jogador português de fraude fiscal. Num vídeo divulgado esta terça-feira pelo jornal espanhol El Mundo, um dos advogados do jogador português diz que o Fisco “estreou” uma “nova interpretação” que não corresponde ao que dizem “os livros dos próprios especialistas”  sobre o caso de Ronaldo, ao qual se refere como “Dos Santos para ver se assim o tratam como os demais”.

O testemunho do fiscalista Manuel de Vicente-Tutor sobre a fraude fiscal de 14,7 milhões de euros atribuída a Cristiano Ronaldo data do passado dia 26 de janeiro. Então, o advogado recorreu a livros de fiscalidade internacional de Néstor Carmona, responsável desse mesmo departamento na Agência Tributária espanhola, para defender a ideia de que o fisco está a interpretar os livros de um dos seus próprios especialistas de modo contrário.

Vicente-Tutor afirma que Ronaldo nunca quis fugir aos impostos e defende que o seu caso constitui apenas uma discrepância administrativa. O advogado considera ainda que o desvio de direitos de imagem para uma sociedade nas Ilhas Virgens Britânicas não é, ao contrário do que diz o Fisco, uma prova de opacidade, pois o território é “cooperativo ao mesmo nível que Estados Unidos e empresas como a Telefónica utilizam sociedades” nas Ilhas.

O advogado de Cristiano Ronaldo considerou que o Fisco deu “um salto no vazio” na aplicação da norma tributária no caso do “Sr. Dos Santos”, referindo ainda que neste não houve “parecer do Serviço Jurídico da Agência Tributária”, do qual “não se pode prescindir”.

Ronaldo rejeita acordo com o fisco espanhol, diz que acusação é “inconsistente”

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