O presidente da África do Sul apresentou a demissão. De acordo com a BBC, Jacob Zuma divulgou a sua decisão através de um comunicado na televisão, na noite desta quarta-feira, onde declarou ter servido “o povo da África do Sul com as melhores das suas capacidades”.

Esta terça-feira, o Congresso Nacional Africano (ANC) tinha emitido uma ordem a Jacob Zuma, para que apresentasse a sua demissão do cargo.

O partido de Jacob Zuma, o Congresso Nacional Africano, está reunido em Pretória para, como afirmou o seu líder, Cyril Ramaphosa, “finalizar” a questão da saída antecipada do Presidente da África do Sul.

Os 107 membros do Conselho Nacional Executivo do ANC estiveram reunidos num hotel da capital sul-africana para uma decisão sobre o futuro do Presidente da África do Sul.

O conselho tem o poder de “lembrar” Jacob Zuma sobre o ocorrido em 2008, quando o Presidente Thabo Mbeki, que sucedeu no cargo a Nelson Mandela, renunciou por falta de apoio do ANC no parlamento.

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Depois de ter ultrapassado sete moções anteriormente, o Presidente Zuma iria enfrentar no dia 22 uma nova moção de censura parlamentar, pedida por um partido da oposição.

Após deixar a presidência da formação no último congresso do ANC, em dezembro, a favor de Ramaphosa — que não era o seu candidato preferido —, a pressão para que o chefe de Estado abandone o poder aumentou, especialmente nas últimas semanas.

Zuma, no poder desde 2009, é suspeito de uma longa lista de crimes que englobam casos de corrupção relacionados com a compra de equipamento militar na década de 1990, negócios de que o presidente sul-africano pode ter beneficiado diretamente.

ANC exige a demissão de Jacob Zuma