A presidente do CDS-PP defendeu esta quinta-feira que a coligação pré-eleitoral com o PSD nas últimas europeias e legislativas foi excecional, e que os dois partidos devem “caminhar cada um por si”, embora podendo vir a ser “parceiros no futuro”.

“Esse cenário é um cenário que era excecional, tinha uma explicação na altura. Neste momento, não se coloca, e nós entendemos que a melhor forma de contribuirmos ativamente para que haja uma alternativa do centro-direita em Portugal a esta governação das esquerdas unidas é podendo caminhar cada um por si”, afirmou Assunção Cristas.

A líder centrista falava após uma audiência com o Presidente da República para discutir o próximo quadro comunitário e o Orçamento do Estado para 2019, respondendo a uma questão sobre a decisão do CDS-PP concorrer sozinho às eleições europeias de 2019.

“Com certeza que o CDS quererá sempre manter uma boa ligação e uma boa relação com o PSD. Nós somos partidos amigos, partidos parceiros do passado e que espero possamos vir a ser partidos parceiros no futuro”, declarou.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Assunção Cristas estará no domingo no encerramento do Congresso do PSD, que começa na sexta-feira, altura em que, adianta, poderá ficar combinado um futuro encontro com o novo líder social-democrata, Rui Rio.

“Estarei no Congresso, no encerramento, e nessa altura teremos certamente oportunidade para conversar e para apalavrar conversas futuras”, afirmou.

Para a presidente do CDS-PP, a decisão de os centristas concorrerem sozinhos às europeias de 2019, opção sobre a qual Assunção Cristas falou na semana passada em Estrasburgo, “é uma questão resolvida pelo CDS há dois anos no Congresso e que de resto será reiterada neste Congresso”.

“Nós queremos ajudar e ser decisivos para que haja uma alternativa política em Portugal ao Governo das esquerdas unidas, que passa por 116 deputados do centro-direita em Portugal”, afirmou.

O CDS-PP reúne-se em Congresso em Lamego no dia 10 e 11 de março.

“As eleições europeias têm o seu espaço próprio, mas são muito importantes também na influência que podem ter nas eleições legislativas. O CDS concorreu junto com o PSD nas últimas europeias porque estávamos juntos no Governo, como de resto veio a acontecer nas legislativas de 2015”, sustentou a líder centrista.