Os trabalhadores da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF), esta terça-feira em greve e protesto, aprovaram mais uma semana de luta, entre 12 e 16 de março, que inclui greves e manifestações a definir em cada local de trabalho.

A resolução foi esta terça-feira aprovada, dia em que cumpriram uma greve de 24 horas e realizaram uma concentração de trabalhadores em Lisboa, que começou em frente à estação da CP — Comboios de Portugal em Entrecampos e terminou junto ao Ministério do Planeamento, que tutela o setor.

“Os trabalhadores decidem continuar a luta (…) com a realização de uma semana de luta na EMEF, entre os dias 12 e 16 de março, na forma de greves, plenários, concentrações, manifestações e outras formas de luta a definir em cada local de trabalho”, lê-se na resolução aprovada esta terça-feira.

No mesmo documento, os trabalhadores insistem que “não há nenhum impedimento legal” que impeça o retorno da EMEF à CP e salientam não haver “vontade política” para esse regresso.

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“Esta luta não termina aqui, vai continuar”, afirmou José Manuel Oliveira, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS), adiantando que, tal como aconteceu noutras semanas de luta, esta vai decorrer em vários pontos do país ao mesmo tempo.

O sindicalista salientou a importância de os trabalhadores continuarem a lutar, “para que os problemas sejam definitivamente resolvidos”.

Na manifestação participou ainda, entre outros sindicalistas, Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP.

A EMEF é uma empresa pública, detida a 100% pela CP.

Em 12 de janeiro, em comunicado divulgado, a FECTRANS divulgou a intenção da CP de manter a EMEF a trabalhar apenas para a CP e de criar dois Agrupamentos Complementar de Empresas (ACE).

Segundo o sindicato, um desses ACE seria para a reparação do material do Metro do Porto e o outro para a reparação de material circulante de mercadorias.

A FECTRANS defende que a criação dos ACE abre a “porta à entrada de privados em dois setores importantes da EMEF”.