O julgamento do coordenador da PJ Dias Santos, acusado de corrupção num processo que envolve 28 outros arguidos, foi adiado por seis meses por impossibilidade de todos os advogados estarem presentes, na data inicialmente marcada, e porque o coletivo de  juízes está neste momento com outros processos.

Segundo o despacho assinado esta terça-feira pelo juiz Lopes Barata, e a que o Observador teve acesso, o julgamento do caso Aquiles estava marcado para 20 de março, mas por causa da agenda de alguns advogados terá de ser adiado para setembro. O juiz designa então o dia 11 de setembro, durante todo o dia, para a primeira sessão e marca, ainda, 13 outras datas até dezembro de 2018.

O juiz explica que, além da indisponibilidade de alguns advogados, o próprio tribunal coletivo tem em mãos outros processos igualmente complexos, mas com arguidos presos — nomeadamente o do Jogo Duplo (um processo de corrupção no futebol), um de tráfico de droga e outro de corrupção na Segurança Social.

O caso que envolve o coordenador Carlos Dias Santos começou  ser investigado em 2006, quando ele estava à frente da investigação do tráfico de droga na PJ e se levantaram suspeitas das suas ligações a uma rede colombiana de traficantes. Além de Dias Santos, são também arguidos no caso o ex-inspetor chefe da Direção Central de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da PJ, Ricardo Macedo, e o cabo da GNR José Baltazar da Silva, do destacamento de Torres Vedras. São acusados de receber milhares de euros de redes de tráfico de droga.

No rol dos acusados consta ainda Frankelim Lobo, tido pela PJ como o maior narcotraficante português, cuja residência se situa em Málaga, Espanha, mas cujo paradeiro era desconhecido das autoridades. Neste processo, o MP acusou 29 arguidos por tráfico de droga, associação criminosa e corrupção com vista ao tráfico e corrupção passiva para prática de ato ilícito.

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