O Parlamento vai discutir uma petição relativa ao caso das adoções ilegais por membros da Igreja Universal do Reino de Deus, avança a TVI, estação televisiva que emitiu em dezembro a reportagem “Segredo dos Deuses” a denunciar um alegado esquema de adoções ilegais praticados por elementos daquele grupo religioso.

A petição “Não adoto este silêncio“, que já conta com perto de cinco mil assinaturas, exige que a Assembleia República o caso apresentado nas reportagens e crie uma comissão parlamentar de inquérito para apurar responsabilidades.

Segundo a TVI, a Comissão de Assuntos Constitucionais deliberou na manhã desta quarta-feira que a petição vai subir a plenário depois do agendamento em conferência de líderes. A deputada Teresa Morais, do PSD, será a relatora, e o Parlamento estabeleceu um prazo de 60 dias para a discussão.

Seis grandes questões que ainda estão por responder no caso das adoções ilegais na IURD

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Relativamente à comissão parlamentar de inquérito, está para já afastada, já que os deputados recordaram que para ser iniciada uma comissão deste género é necessário que o requerimento seja feito por um quinto dos deputados.

Na reportagem, é divulgada uma alegada rede de adoções ilegais através de um lar para crianças que a IURD manteve em Portugal na década de 1990.

De acordo com a TVI, vários bispos da IURD — incluindo o fundador, Edir Macedo — terão adotado ilegalmente crianças em Portugal, retiradas às famílias biológicas, e levadas para o Brasil e Estados Unidos. Tudo isto terá acontecido com a permissão da Justiça portuguesa, da Segurança Social e da Santa Casa da Misericórdia. A igreja tem negado todas as acusações.