O Grupo Parlamentar dos socialistas veio explicar em comunicado porque votou contra os diplomas apresentados pelos partidos à esquerda que pediam a reversão da privatização dos CTT. Embora “lamente profundamente a degradação progressiva dos serviços prestados pela empresa CTT no quadro da concessão de serviço postal”.

Mas apesar de defender que são “totalmente legítimos” os projetos apresentados pelo PCP, Bloco de Esquerda e Verdes — precisamente os partidos com quem fez um acordo de Governo — os socialistas consideram que estas iniciativas “surgem no momento errado”. E acrescentam que vão contra uma recomendação aprovada no final do passado no Parlamento para que o Governo crie um grupo de trabalho para “avaliar a situação e aprofundar a análise das opções políticas que podem contribuir para novas orientações nesta matéria”.

Os socialistas argumentam que querem conhecer primeiro os resultados deste grupo de trabalho, bem como o que vai sair da revisão de indicadores de qualidade mais exigentes imposta pela Anacom, o regulador das comunicações. Até lá, consideram que “não é aconselhável aprovar orientações contrárias ao que já foi decidido na Assembleia da República sem ter conhecimento dos resultados do grupo de trabalho”.

O PS foi contra a privatização dos CTT aprovada pelo Governo do PSD/CDS que vendeu a totalidade do capital da empresa dos correios na bolsa em 2013 e 2014. O tema voltou à discussão política com o anúncio do fecho de 22 lojas por parte dos CTT que estão a implementar um plano de reestruturação para responder à forte queda de receitas. Medidas que, receiam os deputados, podem agravar a qualidade do serviço prestado pela empresa que tem vindo a cair de forma contínua nos últimos anos.

O contrato de prestação do serviço postal aos CTT termina em 2020.

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