A agência de notação financeira Fitch desceu o ‘rating’ do Brasil para BB-, citando “elevados e persistentes” défices orçamentais, a crescente dívida pública e a falta de reformas estruturais, e reviu a Perspetiva de Evolução económica para Estável. A Fitch considera que o Brasil deve crescer 2,6%, em média, neste e no próximo ano, depois de ter assistido a uma expansão económica de 1% no ano passado, noticia a agência de informação financeira Bloomberg.

A descida na avaliação da qualidade do crédito brasileiro surge poucos meses antes das eleições presidenciais de outubro e reflete “os persistentes e elevados défices orçamentais”, para além de um grande e crescente peso da dívida e o falhanço nas reformas que poderiam melhorar o desempenho estrutural das finanças públicas.

Os analistas citam também a falta de votação da reforma da segurança social, uma das áreas geralmente apontadas como mais importantes para ajudar a relançar a economia e reduzir a despesa pública. A descida do Brasil para três níveis abaixo da recomendação de investimento, ou ‘lixo’, como é normalmente conhecido, segue o exemplo da Standard & Poor’s, em janeiro.

Segundo uma fonte das Finanças contactada pela Bloomberg, o Governo já esperava uma descida do ‘rating’ atribuído pela Moody’s e pela Fitch, faltando agora apenas a avaliação da Moody’s sobre a qualidade do crédito brasileiro.

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