A Advocacia-Geral da União (AGU) do Brasil disse esta quinta-feira que o pedido de anulação da nacionalidade portuguesa ao empresário Raul Schmidt, acusado em processos da operação Lava Jato, “de forma alguma representa uma afronta às autoridades de Portugal”.

Em nota enviada à agência Lusa, este órgão judicial ligado ao Governo brasileiro acrescenta que o pedido de anulação da nacionalidade a Raul Schmidt, que esteve detido em Portugal e é alvo de um pedido de extradição para o Brasil, é uma “ação autónoma, com total respeito das leis e instituições portuguesas”.

Este esclarecimento da AGU surge na sequência de uma notícia da Lusa na qual o advogado Alexandre Mota Pinto, que representa Schmidt em Portugal, disse que o pedido de retirada de nacionalidade portuguesa a Raul Schmidt seria “uma tentativa de uma entidade estrangeira de pressionar instituições soberanas de outro Estado”.

Raul Schmidt é acusado de intermediar o pagamento de “luvas” a ex-diretores da Petrobras no âmbito dos casos de corrupção investigados pela Lava Jato, sendo também alvo de um processo de extradição movido pelas autoridades judiciárias brasileiras junto do Governo de Portugal.

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