O Comité Internacional da Cruz Vermelha anunciou na sexta-feira que 21 dos seus empregados abandonaram a organização nos últimos três anos por terem pago por serviços sexuais enquanto estavam ao serviço da Cruz Vermelha. A ONG é a mais recente organização humanitária a ver-se envolvida num escândalo sexual, depois de a Oxfam e a Plan International terem admito vários casos de recurso à prostituição e abusos sexuais entre os seus trabalhadores.

Yves Daccord, diretor-geral da Cruz Vermelha, explicou que 21 trabalhadores foram demitidos ou despediram-se e que outros dois, suspeitos, não tiveram os seus contratos renovados. “É uma traição aos povos e às comunidades que servimos”, acrescentou, dizendo que estes atos atentam “contra a dignidade humana”.

Segundo a BBC, desde 2006 que o código de conduta da organização proíbe expressamente o pagamento de serviços sexuais por parte dos seus funcionários.

Daccord reconheceu que a Cruz Vermelha decidiu investigar internamente se havia algum caso de má conduta sexual entre os seus trabalhadores depois de serem conhecidos os casos de ONG como a Oxfam e a Plan International.

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Dirigente da Oxfam demite-se na sequência de escândalo de prostituição

No início de fevereiro, o jornal britânico Times denunciou que a Oxfam tinha abafado os casos de funcionários que pagaram a prostitutas no Haiti, na sequência do terramoto de 2010. Desde então, uma série de outras organizações levaram a cabo inquéritos sobre os comportamentos sexuais dos seus trabalhadores em cenários de guerra e catástrofe.