O número de mortos no duplo atentado perpetrado na sexta-feira junto ao palácio presidencial da Somália e da sede dos serviços de inteligência somalis, reivindicado pelo grupo extremista islâmico al-Shabab, subiu para 45, indicaram hoje fontes oficiais.

O anterior balanço do duplo atentado que ocorreu na capital do país, Mogadíscio, dava conta de 38 vítimas mortais.

O novo balanço foi confirmado pelo ministro da Segurança somali, Mohamed Islow, que também informou que existem pelo menos 33 feridos.

Um carro armadilhado explodiu na sexta-feira junto à porta principal da Villa Somalia (palácio presidencial), enquanto um outro veículo com elementos do grupo extremista era travado pelas forças de segurança quando tentava entrar no recinto.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Em simultâneo, outra explosão ocorreu junto a um acesso da sede dos serviços de inteligência somalis (NISA), situada nos arredores da capital somali.

“O ataque de ontem à noite [sexta-feira à noite] foi outra tentativa que mostra a presença do al-Shabab (grupo radical com ligações à Al-Qaida) na cidade”, referiu o ministro, num comunicado.

O representante afirmou que o objetivo do duplo atentado era fazer muitas vítimas, objetivo esse que conseguiu ser minimizado por causa da intervenção das forças de segurança.

“O Governo vai continuar à procura dos membros do al-Shabab na região. Para reduzir a sua presença na cidade, pedimos aos civis que trabalhem com as unidades de segurança governamentais para prevenir estes ataques bárbaros”, acrescentou o ministro.

Neste momento, e segundo as agências internacionais, a situação na capital somali é de normalidade e as autoridades da cidade começaram os trabalhos de limpeza das zonas afetadas pelas explosões.

Informações divulgadas anteriormente pelas agências internacionais indicaram que um hotel da capital somali tinha sido também alvo deste duplo atentado.

O al-Shabab foi afastado de Mogadíscio em agosto de 2011 pela força da União Africana na Somália (AMISOM), destacada em 2007 para apoiar o frágil governo somali com mais de 20.000 homens.

O grupo terrorista também perdeu a maioria dos seus bastiões, mas continua a controlar vastas zonas rurais no país e realiza operações de guerrilha e atentados suicidas, frequentemente na capital.