O Partido Comunista Chinês propôs este domingo excluir da Constituição do país o limite de dois mandatos para o Presidente da China, numa altura em que Xi Jinping se assume como o mais forte líder chinês das últimas décadas.

Numa nota publicada pela agência de notícias oficial do país, a Xinhua, o Comité Central do Partido anunciou que propôs acabar com a alínea da Constituição que diz que “um Presidente não deve ter mais de dois mandatos consecutivos”. A decisão aplicar-se-ia igualmente ao cargo de vice-presidente. Tem ainda de ser aprovada pelo parlamento chinês que, como escreve a Associated Press, é composto por membros leais ao partido, o que significa que a alteração da lei deverá ser aprovada.

Xi Jinping, que ocupa atualmente o cargo, está atualmente limitado a dois mandatos de cinco anos cada, o que significa que ocuparia o lugar até 2023 se a Constituição se mantivesse como está.

A decisão, explica o New York Times, é “um sinal dramático que o senhor Xi acalenta ambições de ficar no poder mais tempo do que os seus antecessores“, o que o tornaria o líder chinês mais duradouro desde Mao Zedong, e significa que Jinping “reuniu poder suficiente para reescrever as regras”.

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