Uma delegação da Coreia do Sul aterrou, esta segunda-feira, na Coreia do Norte para uma visita de dois dias. O objetivo? Promover o diálogo entre Pyongyang e Washington e acabar com as armas nucleares.

O grupo, segundo a BBC e a CNN, é composto por 10 elementos — incluindo o chefe do Serviço de Inteligência Nacional (NIS), Suh Hoon, e o conselheiro para a segurança nacional, Chung Eui-yong — e irá reunir-se com Kim Jong-un, o líder da Coreia do Norte, avançou o governo sul-coreano à CNN.

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Depois de regressarem a Seul, a delegação segue para os Estados Unidos para dar conta do resultado da visita.

A relação entre as duas Coreias tem vindo a melhorar, em particular depois dos Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang. A Coreia do Norte enviou duas delegações à Coreia do Sul, incluindo a irmã do líder norte-coreano, Kim Yo-jung. Nessa altura, Pyongyang convidou Seul para uma cimeira com Kim Jong-un, mas o presidente sul-coreano considerou que era demasiado cedo para que isso acontecesse.

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Chung Eui-yong avançou, numa conferência de imprensa, que iria entregar uma “resolução” do presidente Moon Jae-in para “manter o diálogo” entre as duas Coreias e para um “desarmamento nuclear na península”.

Tenciono ter conversas aprofundadas para continuar o diálogo não só entre o Sul e o Norte, mas também entre o Norte e os Estados Unidos.”

O presidente dos Estados Unidos, que anunciou recentemente novas sanções contra a Coreia do Norte, mostrou-se disponível para dialogar, mas fez saber que, para isso, Pyongyang terá de acabar com as armas nucleares. Uma posição que não caiu bem à Coreia do Norte: considerou um “absurdo” Washington estar a impôr pré-requisitos.

“A atitude dos EUA, depois de nós esclarecermos as nossas intenções de diálogo, leva-nos a pensar que não estão interessados em retomar o diálogo”, referiu o ministro dos Negócios Estrangeiros norte-coreano.

Recorde-se que, no passado dia 28 de novembro, a Coreia do Norte voltou a lançar um míssil balístico — provavelmente o mais potente de sempre.

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