O escritor Jacinto Lucas Pires e o músico António Zambujo sobem na sexta-feira ao palco do festival Fusos, na aldeia de Alte, em Loulé, para um momento de fusão entre música e literatura, informou a organização.

A aldeia do interior algarvio vai receber durante três dias, a partir de sexta-feira, a segunda edição do Fusos – Festival de Fusões Artísticas, que revelará “parcerias inusitadas e aventuras em que se fundem artes como a pintura e a dança ou a música e a pintura”, explicou o organizador do festival, Carlos Norton.

Segundo o responsável da associação Fungo Azul, que organiza o Fusos, até domingo, serão apresentados “projetos inovadores e criações únicas criadas propositadamente para o festival”, que é dirigido a pessoas de todas as idades e que, apesar de ter atividades dirigidas às crianças, “não são exclusivas” para o público infantil.

As atuações decorrem em sete palcos – na Fonte Grande, Fonte Pequena, Pólo Museológico, Casa do Povo, Horta das Artes, Escola Profissional e Queda do Vigário -, em regime de itinerância, não havendo sobreposição de horários, com a abertura do festival marcada para as 14h30.

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Tal como na primeira edição, em 2017, durante o festival as pessoas serão conduzidas de palco em palco através do “Andarilho de Alte”, uma escultura sonora que percorre o caminho entre palcos e onde todos podem tocar nos vários instrumentos incorporados, explicou Carlos Norton.

O primeiro dia, que coincide com o Dia da Criança, terá atividades de ciência dirigidas aos mais novos, com o Centro Ciência Viva do Algarve, um momento de música e narração oral por Luís Carmelo e a inauguração da exposição “Perspetivas de Alte”, com artistas digitais dos cinco continentes.

A noite começa com malabarismo e novo circo, pelo artista The Gentlemad, às 21h30, culminando com o encontro em palco de António Zambujo e o escritor Jacinto Lucas Pires, às 22:30, para uma fusão entre literatura e música.

No segundo dia do festival, sábado, é apresentado o documentário “Amanhã foi ontem”, que conta com a participação de crianças do ensino básico de Alte, havendo também teatro, com a peça “O Lobo Vermelho”, sátira sobre o imaginário em torno da história do Capuchinho Vermelho. Seguem-se uma performance em que o artista plástico Menau pinta um quadro com o pincel a emitir som, o espetáculo “Fado Líquido”, que une a guitarra portuguesa ao som de sonoplastia da água circundante, e o concerto “Maestro d’Água”, com vários músicos dentro da Fonte Pequena de Alte.

À noite, é apresentada a performance “Asas de Sonhos”, uma ilusão visual de dança aliada à pintura, com Alice Duarte dentro de uma tela gigante, seguindo-se um concerto da banda Kumpania Algazarra.

No domingo, será lançado um álbum da banda algarvia Migna Mala, com a projeção do filme do álbum, havendo oficinas de dança, primeiro, pelo Grupo de Danças Tradicionais da Juventude Altense, depois, com danças tradicionais europeias.

A encerrar o festival haverá Fusada, um percurso até à Queda do Vigário, e a Cascata de Alte, espaço que vai acolher Luís Peixoto com a sua música ‘folk’ eletrónica. O festival Fusos tem entrada gratuita e o apoio do município de Loulé e da Junta de Freguesia de Alte.