A modelo e acompanhante de luxo Anastasia Vashukévich, que diz ter provas da influência russa nas eleições presidenciais dos Estados Unidos da América em 2016, foi detida esta quinta-feira por “indução à prostituição” em Moscovo, na Rússia, avança o jornal britânico The Guardian. A modelo já tinha estado presa durante cerca de um ano na Tailândia por ter prestado e organizado “serviços sexuais“ e tinha ordem de deportação para a Bielorrússia.

Tailândia expulsa acompanhante de luxo que diz ter provas da influência russa nas eleições dos EUA

Em comunicado, a polícia de Moscovo informou que Anastasia Vashukévich foi detida esta quinta-feira no aeroporto Sheremetyevo, na capital russa. Juntamente com a modelo estavam três pessoas que foram também deportadas.

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A modelo, que estava presa desde fevereiro do ano passado na Tailândia, foi esta terça-feira libertada com pena suspensa e com a condição de que seria deportada para o país de origem, a Bielorrússia. Mas isso não aconteceu e acabou por ser intercetada na Rússia. Esta sentença foi decretada após Anastasia Vashukévich ter finalmente confessado o crime.

As agências russas avançam que quatro das sete pessoas que foram deportadas da Tailândia esta quinta-feira e que chegaram a Moscovo foram detidas – cinco Russos e dois bielorrussos, segundo o New York Times -, incluindo Anastasia e o colega de trabalho Alexander Kirillov, conhecido como “gurú do sexo”. Agora, podem enfrentar até seis anos de prisão cada um, caso sejam condenados pelo crime de que estão acusados.

A acompanhante diz ter em seu poder cerca de 18 horas de gravações áudio e vídeo com conversações comprometedoras entre o magnata Oleg Deripaska e outras personalidades influentes. Anastasia Vashukévich tinha ligações fortes à elite russa e terá sido nos vários encontros que teve com o magnata que terá recolhido a informação.

Aquando da detenção na Tailândia, os dois detidos – Anastasia Vashukévich e Oleg Deripaska –  enviaram uma nota à embaixada dos Estados Unidos a pedirem ajuda e asilo político, oferecendo em troca as informações confidenciais que diz ter sobre as eleições presidenciais dos EUA. No entanto, acabou por retirar a oferta, na medida em que considerou que chegaria a acordo com Oleg Deripaska.