A Bentley acaba de apresentar a actualização do Bentayga Speed, que permite ao SUV britânico manter o estatuto de velocista conquistado pelo modelo que vem substituir (em 2018 bateu o recorde em Pikes Peak) e, simultaneamente, refrescar a sua imagem em linha com a actualização de que a restante gama foi alvo.

A intenção do construtor britânico é manter o modelo como “o melhor dos dois mundos”, nas palavras do CEO da Bentley. “O novo Bentayga Speed ​​continua a ser o SUV mais rápido do mundo mas, mais do que isso, é também a versão mais luxuosa do novo Bentayga”, realça Adrian Hallmark.

Significa isto que, por fora e por dentro, há que contar com substanciais alterações, sem que tenha havido mexidas na “alma” que faz do Bentayga Speed o SUV mais rápido do mercado. Sob o capot, continua a brilhar o W12 de 6,0 litros com 635 cv e 900 Nm de binário máximo, acoplado a uma caixa automática com conversor de binário e oito relações da ZF, que canaliza a potência para as quatro rodas através de um sistema de tracção integral com diferencial central Torsen.

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A barreira dos 100 km/h em arranque parado fica para trás ao fim de escassos 3,9 segundos, para depois alcançar 306 km/h de velocidade máxima. Sucede que o W12, uma obra-prima da mecânica – segundo a marca, a montagem do motor consome 10% do tempo total de fabricação de um Bentayga Speed – não estará à disposição dos europeus, devido às limitações ambientais impostas por Bruxelas, cuja infracção é sinónimo de multas tão pesadas quanto o desvio.

A média de emissões de dióxido de carbono (CO2) deve rondar os 95g/km em 2020, podendo a fasquia variar de fabricante para fabricante, em virtude do peso dos veículos, do volume de produção e de outros critérios. Ainda assim, a realidade é que o W12 que ainda se encontra nos concessionários emite nada menos que 335 g/km de CO2, o que levou a Bentley a anunciar que o retiraria do catálogo europeu. Ora, nesta actualização do Speed há novidades a nível técnico, como é o caso do sistema de desactivação de cilindros, que permite ao motor desligar um banco de cilindros (seis) e ir alternando entre bancos, para baixar consumos e emissões. Com o mesmo intuito, quando a rolar entre 5.ª e a 8.ª velocidade, sempre que o condutor alivia a pressão no pedal do acelerador, a transmissão é desengatada para manter o rolamento por inércia. Porém, estas novidades quase nem se notam, na medida em que o renovado Bentayga Speed anuncia 14,3 l/100 km em ciclo combinado, no padrão europeu de homologação de consumos e emissões WLTP, a que correspondem emissões de 325 g/km. Ou seja, apenas menos 10g por quilómetro percorrido, o que afasta esta opção dos concessionários europeus. Segundo a marca, “o Bentayga Speed ​​será colocado à venda nas regiões onde a procura por SUV de 12 cilindros continua em alta – EUA, Oriente Médio e regiões da Ásia-Pacífico”. Como tal, aos europeus resta aguardar pelo renovado Bentayga Hybrid…

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