O lar de idosos da Fundação D. Pedro IV em Marvila, Lisboa, vai fechar portas, segundo anunciou a Segurança Social àquela instituição. Os 140 idosos e os 20 deficientes ali acolhidos serão distribuídos por outras instituições e os 80 funcionários vão ser despedidos, noticia o Público na sua edição desta quarta-feira.

Apesar de já haver uma data, 27 de agosto, para a Fundação deixar a gestão do lar, ainda não está definido onde serão colocados os utentes, o que está a gerar alguma preocupação junto dos familiares que temem que a escolha seja em lares fora de Lisboa.

Vasco Canto Moniz, presidente do Conselho de Administração da Fundação D. Pedro IV afirma que ainda tentou um acordo, sem sucesso, com o Instituto da Segurança Social. Mas os problemas já vinham de 20014, por altura da troika, quando lhes foi imposto um corte de 700 mil euros anuais.

Para agravar a situação financeira, Canto Moniz reconhece só depois de assumirem a gestão do lar, em 2004, tomou conhecimento de um relatório de auditoria feito às instalações que atestava uma grande degradação do edifício, — uma mansão que chegou a ser um convento, construído no século XVII, e que é património nacional.

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Sem fundos da Segurança Social para as obras, a Fundação avançou com 2 milhões de euros que reclama, desde 2012, junto das autoridades judiciais. E seriam precisos pelo menos mais 5 milhões para que o lar ficasse nas devidas condições.

Da Segurança Social não chegou o dinheiro, mas veio a ordem de encerramento.

À rádio Observador, o Ministério do Trabalho garante que os utentes vão ser transferidos para outras instituições. E afirma que há anos que existe um processo em tribunal contra o lar.