Para ajudar os milhares de ucranianos que estão a fugir do país devido ao conflito com a Rússia, a Câmara Municipal do Porto está a preparar um conjunto de medidas que começam a ser aplicadas a partir desta sexta-feira. Além de uma recolha de bens de primeira necessidade, o município está a desenvolver uma bolsa de emprego e disponibiliza ainda meios municipais de Proteção Civil “para fazer parte de eventuais respostas integradas na área psicossocial”.

Em comunicado, a autarquia portuense informa que, em articulação com a cônsul da Ucrânia no Porto, Alina Ponomarenko, e com a presidente da Associação de Imigrantes do Leste, Alina Dudco, tem sido feito um levantamento das necessidades, tendo as duas responsáveis sido recebidas esta segunda-feira na Câmara Municipal.

A campanha “Somos Todos Ucrânia” será feita em conjunto com com as juntas de freguesia e uniões de freguesia, que se disponibilizaram para serem pontos de recolha de bens de primeira necessidade — desde bens alimentares não perecíveis, medicamentos, produtos de higiene a roupa quente e calçado. Estes bens serão, depois, entregues na fronteira da Polónia com a Ucrânia. O transporte é assegurado através de uma parceria com a Rangel.

A Câmara do Porto vai disponibilizar um espaço municipal para concentrar todas as doações. Além das sedes das juntas de freguesia, também será possível entregar donativos no Gabinete do Munícipe, a partir de sexta-feira”, indica a nota da autarquia.

Será também criada uma bolsa de emprego, depois de um contacto do município com associações empresariais de vários setores, como a Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo, a Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal, a Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos e a Associação Nacional de Jovens Empresários. Todas as iniciativas de apoio ao acolhimento de refugiados serão concentrados através da Linha Porto (220 100 220) e do Portal do Munícipe.

O município assegurou ainda que vão ser também colocados à disposição do Ministério da Administração Interna “os meios municipais de Proteção Civil e a sua experiência em apoio humanitário em cenários de catástrofe e de guerra, para fazer parte de eventuais respostas integradas na área psicossocial, logística e de transporte”. Será também assinado um protocolo com a Ordem dos Psicólogos “para dar respostas na área da literacia no âmbito dos processos de guerra e paz, com o objetivo de ajudar as diferentes populações a lidar com as questões que a situação suscita”.

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