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Carlos César deu uma entrevista ao Observador no carro, no trajeto entre Penacova e Coimbra, onde se realizam as jornadas parlamentares do PS (JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR)
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Carlos César deu uma entrevista ao Observador no carro, no trajeto entre Penacova e Coimbra, onde se realizam as jornadas parlamentares do PS (JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR)

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Carlos César deu uma entrevista ao Observador no carro, no trajeto entre Penacova e Coimbra, onde se realizam as jornadas parlamentares do PS (JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR)

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Carlos César. Os "parceiros preferenciais" estão à esquerda. Em visita a zona ardida diz que "perigo permanece"

Carlos César, líder parlamentar do PS, foi ao terreno ouvir as vítimas dos incêndios. Deu-nos boleia entre Penacova e Coimbra para falar do país real e de política. Leia a reportagem e a entrevista.

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“Nunca pensei chegar viva ao Silveirinho”, que fica mesmo ao lado da ruína que restou da casa da família, em Travanca do Mondego. “Fui a conduzir sem ver nada.” Anabela Dias até via, mas eram outras as recordações que estavam na sua memória recente: “Só via as imagens de Pedrógão à minha frente. Estava tudo a arder à minha volta”. As lembranças de há três meses estavam guardadas ao minuto e ainda a obrigam, agora, a um esforço para conter as lágrimas. Perdeu tudo. Carlos César — líder parlamentar do PS — ouvia e ensaiava uma palavra de otimismo: “Mas está cá!”. Ainda é cedo para Anabela: “… é uma vida de trabalho. Não tenho uma fotografia, as recordações todas. É muito complicado”.

Os deputados socialistas estiveram no terreno, esta segunda-feira, a visitar vítimas dos incêndios de outubro. No regresso de Penacova a Coimbra — onde o partido está reunido para as jornadas parlamentares –, Carlos César levou o Observador de boleia para dar uma entrevista durante a viagem no carro: falou do “perigo que permanece” pelo país em matéria de fogos, mas também fez outro rescaldo, o político. Depois do desentendimento com a direita, vem agora a bonança? Talvez. O líder parlamentar do PS abre a porta a entendimentos com o PSD, mas diz que um Bloco Central não faz sentido neste contexto. A prioridade para conversas e acordos continua a ser com o Bloco e o PCP: a jura de amor socialista permanece à esquerda, embora com cautelas.

"Os nosso parceiros preferenciais são aqueles que com temos um acordo em execução. Só em circunstâncias que tenham a ver com alteração de posicionamento desses partidos, ou com a sua irrelevância no plano parlamentar é que se terão de desenhar outras soluções na salvaguarda da estabilidade."
Carlos César, , em entrevista ao Observador na viagem entre Penacova e Coimbra

Carlos César ouve António Dias. (JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR)

Primeiro o país profundo. António e Anabela Dias esperavam a comitiva socialista ao cimo da rampa da sua casa ardida, eles e as cinco filhas (ainda faltam os dois filhos). “Com o Dias não há problemas de sustentabilidade”, gracejava o presidente da Câmara de Penacova. António ria-se, olhando para o que fora seu, lembrando-se, com ironia, dos receios do antes-da-tragédia: “Sempre foi o meu medo, aqueles eucaliptos”, dizia António apontando para uma imensidão de troncos descascados, negros, sem rama, que circundam a sua propriedade. “Mas a coisa inverteu-se e foi a casa que pegou aos eucaliptos. O fogo veio de baixo”. Deixou a robusta casa da família num monte de entulho e cacos. A casa da filha mais velha, ali no mesmo terreno, teve igual sorte. Só não a tem quanto ao apoio que espera do Estado. Está em nome da empresa dos filhos e isso está a levantar problemas jurídicos.

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O deputado (e advogado) Jorge Lacão, ali ao lado, quis saber mais, indagou e concluiu: “Se não for um jurista burocrata a analisar o processo…” Há esperança, mesmo para Anabela que, em conversa com Carlos César dá o toque sobre o assunto, queixando-se de estar “tudo com muita burocracia”. “O problema vai ser resolvido”, garante César. A mulher quer acreditar que sim, mas prefere esperar para ver, enquanto o marido, numa conversa paralela vai desejando que a reconstrução “não demore mais de dois anos”.

"Todos sabemos que vamos entrar no próximo ano, numa situação muito próxima da atual, do ponto de vista estrutural e do ordenamento do território. Portanto, esse perigo permanece e não pode ser afastado."
Carlos César, durante a visita a zonas ardidas no concelho de Penacova

O problema dos fogos: “Vamos entrar no próximo ano, numa situação muito próxima da atual”

O caso foi escolhido (como os outros dois que os socialistas visitaram), com a ajuda do deputado Pedro Coimbra — líder do PS local — e também do presidente da Câmara de Penacova (também do PS), para mostrar três realidades diferentes de vítimas dos fogos. Uma casa em reabilitação, um pequeno agricultor que perdeu os meios para explorar a terra, e um empresário. Mesmo com as cenas mais ou menos ensaiadas, ou pelo menos calculadas, o líder parlamentar do PS ouviu sempre questões tão particulares como as da família Dias. O que pode fazer uma bancada parlamentar sobre isto? “Isto é uma tentativa de recensear um conjunto de problemas e bloqueios e, em função da nossa averiguação, tentar outras vias de apoio que não as regulamentadas”, responde Carlos César.

Reabilitar é a resposta imediata que se impõe, pela parte do Governo, diz o socialista. “E por outro lado, iniciar um processo de natureza mais estrutural, de reformas que previnam situações futuras. Todos sabemos que vamos entrar no próximo ano, numa situação muito próxima da atual, do ponto de vista estrutural e do ordenamento do território. Portanto, esse perigo permanece e não pode ser afastado“.

Mesmo os problemas mais prementes de quem tem tudo em cinzas não têm resposta tão pronta como faz prever o discurso político que vem de Lisboa. O presidente da Câmara, Humberto Oliveira, põe travão à urgência e diz que, “na globalidade”, a resolução de problemas “vai demorar algum tempo”. Na região, o fogo de outubro afetou entre 1.600 e 1.700 primeiras habitações, 56 delas em Penacova. Quem quer os apoios à reconstrução, tem de fazer entrar a candidatura na CCDR até ao final deste mês.

Para as empresas, o prazo é mais alargado: até ao fim de outubro. Mas António Almeida, dono da empresa de reciclagem Ambiasa, ainda nem pensou nisso. Lançou mãos à obra de um prejuízo que o fogo elevou aos cerca de 300 mil euros. O cálculo é feito por alto, ele ainda não teve vagar para ir saber disso. Na reconstrução, já gastou 70 a 80 mil do pé de meia da vida de emigrado que levou durante alguns anos. “Não tenho tido tempo para me candidatar aos apoios, até agora tenho andado a tentar levantar isto”. A estrutura da fábrica que leva em frente com o filho — e alguns empregados sazonais — já está levantada. Do fogo, fala pouco, puxa o sentido pragmático: “Consegui sobreviver ali atrás do armazém e achei que agora devíamos avançar”.

António Almeida mostra a Carlos César como era a fábrica antes do incêndio. (JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR)

Carlos César já está lá fora, foi um toca-e-foge rápido durante toda a manhã. Três paragens em três casos, para um dedo de conversa e o registo de eventuais problemas e questões que foram surgindo. Quando questionado sobre se não faltou sensibilidade ao Governo na gestão da tragédia, fala em Marcelo para esse papel. E diz que o Governo aprendeu com o desastroso segundo semestre.

"A existência de uma alternativa para coligações do PS à direita dependerá muito da falta de disponibilidade dos partidos à sua esquerda para reeditar um acordo."
Carlos César ao Observador

O Governo reagiu da melhor forma?
Penso que o fez bem, conservou a serenidade necessária para encontrar instrumentos que conciliaram rapidez com eficiência e com o mínimo rigor.

Mas estou a falar da gestão imediata. E quando falo em desastre não é de forma genérica, mas sim em termos de gestão política do Governo, naquela altura, que foi um desastre…
Custa-me dizer que acontecimentos infelizes tiveram como contraponto uma melhoria do desempenho do Governo. Não é isso que estou a dizer, mas todas estas sequelas geraram a necessidade de um melhor desempenho e atenção por parte do Governo ao Portugal concreto. O Governo recuperou muito, recentrando as suas atenções.

Porque não agiu assim logo. Faltou sensibilidade?
Há uma diferença entre o discurso e a ação. Se é certo que o discurso do Governo foi avaliado como deficitário do ponto de vista da intensidade afetiva com que, por exemplo, o Presidente fala habitualmente, a verdade é que do ponto de vista da ação, a reação do Governo tem sido de elevado valor.

Em matéria de afetos, a comparação com o Presidente prejudica o Governo?
Não me parece. Os portugueses ficam muito satisfeitos se continuarem a ter um Presidente com o grau de proximidade e afetividade que têm e ficarão muito satisfeitos e tranquilos por saber que o Governo melhorou na sua eficiência, no seu desempenho e está a dar a resposta que no exercício das suas competências deve dar.

A queixa de um pequeno agricultor: “O que me dão é uma gota de água, adianta pouco ou nada”

Entre o caso e outro apareceu o de Antero Mendes, o pequeno agricultor de Ribeira de São Pedro d’Alva que perdeu o armazém onde guardava todas as alfaias agrícolas com que conseguia tirar, de várias pequenas propriedades, o bastante para a sua subsistência. “É uma agricultura caseira, é só por sustento e pela carolice de ter tudo limpo”.

Traz na mão o apuramento do prejuízo, feito pela CCDR: mais de 30 mil. Ora, o apoio do Estado para os pequenos agricultores vai até aos 5 mil euros. Mais do que isso, só para projetos agrícolas: “Tenho de me coletar e já não tenho idade para isso”. “O que me dão é uma gota de água, adianta pouco ou nada”.

Antero Mendes mostra o pouco que restou do incêndio de outubro. (JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR)

No carro, o Observador confronta Carlos César com aquela situação concreta. Os apoios são curtos? “É preciso compreender se se trata de uma agricultura para uso doméstico, se se trata de uma agricultura informal que está também na área comercial. Ou se as alfaias que foram destruídas são ou não adaptadas às funções económicas que a cultura em causa diz ter”. O líder parlamentar pede cautelas na avaliação — “caso-a-caso”, como vai dizendo que tem de ser feito — e defende que “é importante que o primeiro socorro seja rápido, que as primeiras indemnizações também e os estímulos à reabilitação e à retoma de atividade também. Mas é muito importante ter em consideração que não se pode excluir esta atuação de critérios de rigor que importa em todo o caso salvaguardar”.

Ao lado de Antero, tinha ouvido as preocupações do apoio escasso, sem levantar questões. Deu-lhe o braço, no único momento em que os lábios do agricultor tremeram. Foi quando viu as fotografias do dia seguinte à tragédia. “Lutámos até à última gota de sangue. Isto parecia o diabo”.

Prefere o PSD ou a esquerda? “Os nossos parceiros preferenciais são aqueles com quem temos um acordo em execução”

O diabo é a deixa para a segunda parte da conversa: depois do país profundo, o país político e a fase de rescaldo na relação incendiada dos últimos tempos entre PS e PSD. O partido que tanto invocou o dito, mudou de rosto. E o PS parece apostado em acreditar que mudou mais do que isso, com a entrada de Rui Rio. Carlos César não responde quando a pergunta é muito concreta sobre se a relação com Rui Rio é mais próxima do que a que António Costa mantinha com Passos Coelho. “Não sei interpretar esses relacionamentos”. Mas repete que “o que muda é a passagem de um partido aparentemente desarticulado e errático e com um grau elevado de ressentimento com o PS — que impedia uma colaboração mais próxima para um partido — que encontrou uma nova liderança e que inicia um processo de redefinição do seu posicionamento”. E do qual espera “uma interlocução mais fidedigna”. E acordos futuros? Bom, aí cautela, mas já com avisos à esquerda.

"Os acordos que se fazem não são com quem queremos mas com quem aceita fazê-los. Isso dependerá do comportamento do PSD, como hoje depende do comportamento do PCP e do Bloco de Esquerda."
Carlos César ao Observador

Depois de aberta esta porta à esquerda, torna-se mais difícil ao PS, no futuro, ter um acordo à direita?
Os acordos que se fazem não são com quem queremos mas com quem aceita fazê-los. Isso dependerá do comportamento do PSD, como hoje depende do comportamento do PCP e do Bloco de Esquerda. Há matérias onde se sabe que há uma maior diferença entre os partidos à esquerda e o PS. Mas isso não tem impedido que noutras áreas a confluência exista. O PS fará acordos pontuais e de reformas de médio prazo com as forças que se disponibilizarem para o efeito.

Não há aí um recado também para o PCP e o BE?
Certamente, é um recado para todos os partidos. Essa convocação para o sentido de responsabilidade não pode deixar de ser feita. Ainda Jorge Sampaio disse recentemente, e com muita razão, que os partidos à esquerda e à direita do PS também são um bocadinho co-responsáveis pelo destino do PS. E essa reflexão deve ser feita em particular pelo BE e pelo PCP.

A reedição do Bloco Central pode excluir-se dos próximos anos?
Isso não está na agenda e não me parece que tenha probabilidade muito elevada.

Porquê? Porque o PS terá maioria?
Primeiro, porque é isso que o PS procurará ter. E m segundo lugar, porque a existência de uma alternativa para coligações do PS à direita dependerá muito da falta de disponibilidade dos partidos à sua esquerda para reeditar um acordo. Será importante salvaguardar a estabilidade política, mas o PS não poderá fazê-lo a qualquer preço.

A preferência vai sempre para a esquerda?
Os nosso parceiros preferenciais são aqueles com quem temos um acordo em execução. Só em circunstâncias que tenham a ver com alteração de posicionamento desses partidos, ou com a sua irrelevância no plano parlamentar é que se terão de desenhar outras soluções na salvaguarda da estabilidade.

Os deputados socialistas visitaram na manhã desta segunda-feira zonas afetadas pelos incêndios, no concelho de Penacova. (JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR)

O caso PGR: “Acho que o procurador devia ter um único mandato”

A esquerda é o parceiro que o PS prefere, a menos que não tenha um número de parlamentares suficiente para desbloquear impasses ou que mude radicalmente de rota. Só depois de tudo isto falhado, César admite que o PS possa procurar a direita. Mas isso não bloqueia pequenos entendimentos até às legislativas de 2019. Nesta legislatura, os socialistas querem o acordo do PSD em matérias como a descentralização ou a transparência — são os temas que leva a estas jornadas parlamentares. Tanto deseja esse entendimento, que o líder da bancada evita aprofundar sobre os projetos que o PS apresentou sobre a transparência da atividade política: “Não quero prejudicar o debate, nem a possibilidade de um acordo”.

Carlos César admite que, mesmo dentro da sua bancada, há “sensibilidades” distintas sobre o tema. A sua posição face aos que temem que as alterações soem como uma resposta a uma vaga populista, é a seguinte: “A pior reação que se pode ter a um estado de suspeição, que realmente existe em partes significativas, em relação aos político é ignorar”.

"O nosso sistema de justiça deve avaliar essa situação [de Manuel Vicente] com a independência que lhe é própria e a diplomacia portuguesa deve reforçar a sua ação no sentido de procurar que esse caso tenha o menor impacto possível nas relações luso angolanas."
Carlos César, sobre o julgamento do ex-vice presidente angolano

Porque existe a suspeição?
Assistimos a uma fase em que a crise de representatividade não se confina à que deriva das funções partidárias. Há uma reconfiguração dos poderes que importa revisitar.

O debate, nesta fase, sobre a substituição da procuradora-geral da República não acaba por ser uma acha para a fogueira dessa suspeição sobre políticos e as suas decisões?
Não creio. Acho que foi compreendido que a entrevista [da ministra da Justiça] era uma opinião.

Com que o primeiro-ministro concorda.
De um ponto de vista constitucional, não existe qualquer dúvida em renovar o mandato. Mas também, se me perguntar se em tese, acho que o procurador devia ter um único mandato, também acho que sim. Porque isso constituiria uma ajuda no sentido da salvaguarda dessas funções e do alívio de pressões dos titulares.

Se não há impedimento constitucional, Joana Marques Vidal não devia continuar? Não está a fazer um bom trabalho?
É útil que procuradores tenham o seu mandato de seis anos e sejam sucessivamente substituídos. Isso melhora a autonomia no exercício desses cargos.

A fechar a conversa, na viagem entre o mundo real de Penacova e o debate político que vai decorrer, esta terça-feira, em Coimbra, ainda há tempo para o tema do dia: o julgamento do ex-vice-presidente angolano, Manuel Vicente. E uma resposta “nim”, sobre se está do lado de quem defende o julgamento ou de quem defende a preservação de boas relações diplomáticas. “O nosso sistema de justiça deve avaliar essa situação com a independência que lhe é própria e que a diplomacia portuguesa deve reforçar a sua ação no sentido de procurar que esse caso tenha o menor impacto possível nas relações luso angolanas”. Nisto, o presidente do PS quer o (muito difícil) melhor de dois mundos. E quanto a si mesmo, em que mundo político futuro quer ficar? Chegou ao limite o seu tempo para liderar a bancada? “Só fui eleito para esta legislatura”. Fica por aqui? “Se cá estiver, falaremos”.

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